Prefeito Tião Bocalom decreta situação de emergência por conta da seca em Rio Branco
Em resposta à menor cota registrada no Rio Acre este ano, marcando apenas 1,44 metros em Rio Branco, o prefeito Tião Bocalom (PP) anunciou nesta quarta-feira a declaração de situação de emergência na cidade.
O decreto tem como base os alarmantes índices pluviométricos, que sinalizam uma estiagem crítica e prolongada na capital. Essa condição tem levado à redução dos níveis dos rios e à significativa baixa umidade do ar na região.
Além disso, o documento leva em conta as projeções que apontam a continuidade dessa seca por pelo menos mais dois meses, aumentando o risco de escassez de água potável na cidade.
A classificação da emergência, nível 2, indica desastres de média intensidade. Essa medida foi respaldada por uma análise técnica emitida pela Defesa Civil Municipal.
Com a declaração de situação de emergência, a Prefeitura fica autorizada a solicitar apoio técnico e logístico de todos os setores da Administração Pública municipal, direta e indireta, com o objetivo de prevenir, assistir e socorrer as comunidades rurais afetadas.
Além disso, o decreto permite à Prefeitura contratar, com dispensa de licitação, os contratos necessários para a aquisição de bens e a realização de serviços e obras relacionadas à recuperação das áreas afetadas, desde que possam ser concluídas no prazo máximo de 90 dias consecutivos.
O tenente-coronel Cláudio Falcão, coordenador da Defesa Civil Municipal, ressaltou a pertinência do decreto, enfatizando os impactos da severa seca de 2023. Ele destacou a necessidade de ações emergenciais na área de saúde, dado o aumento de casos de doenças relacionadas à estiagem.
Falcão também afirmou que está trabalhando em conjunto com o Saerb para solucionar questões relacionadas ao abastecimento de água e está acompanhando de perto a situação dos agricultores, que enfrentam grandes desafios devido à seca. “Os produtores rurais sofrem grandes perdas econômicas devido à incapacidade de produzir”, acrescentou.