sexta-feira, abril 19, 2024
Polícia

Polícia aguarda resultado de exame de DNA para indiciar suspeito de matar e esquartejar ex no interior do Acre

A Polícia Civil aguarda o resultado de um exame de DNA para concluir as investigações e indiciar Juscelino Romeu de Almeida, de 45 anos, preso no mês de outubro pela morte e desaparecimento da jovem Rayres Silva Ferreira, de 23 anos. O material analisado no exame são vestígios de sangue encontrados no quarto onde Rayres teria sido morta em agosto deste ano em Brasiléia, no interior do Acre.

suspeito foi preso em uma vila no município de Lábrea, no interior do Amazonas. A polícia soube que ele havia sido recrutado para trabalhar em uma fazenda no estado vizinho. Lá, o suspeito ficou sabendo das buscas, e seguiu para a Vila Curuquetê. Ele foi encontrado e preso em um bar.

Em interrogatório, Juscelino de Almeida confessou que matou, esquartejou e jogou o corpo de Rayres no rio. Ele ainda indicou o local onde teria jogado os restos mortais da vítima.

Após o relato, o Corpo de Bombeiros foi acionado para fazer novas buscas no Rio Acre, contudo, não foi encontrado nenhum vestígio da vítima.

“Não temos ainda a data para sair o resultado do DNA, ele está preso preventivamente em Rio Branco e queremos encerrar o quanto antes para ele ir a julgamento”, disse o delegado responsável pelas investigações, Erick Maciel.

Ainda conforme o delegado, o suspeito demonstrou frieza e contou com detalhes como matou Rayres.

“Na casa, indicou onde começou a esganar ela, mostrou como jogou o corpo. Disse que esquartejou ela no rio mesmo, decapitou e abriu o tronco para dar facilidade para a fauna marinha comer. Ele falou que abriu o corpo já para essa facilidade. Ele falou tranquilamente como fez, como esquartejou. Surpreende até a gente que já ouviu muita coisa”, relatou.

Maciel diz lamentar não poder entregar o corpo da vítima para família enterrar. “Tentamos diversas vezes, mas nada ainda, não há vestígio e nem fragmento de osso”, lamentou.

Rayres Silva Ferreira, de 23 anos, está desaparecida desde agosto deste ano — Foto: Arquivo pessoal

Rayres Silva Ferreira, de 23 anos, está desaparecida desde agosto deste ano — Foto: Arquivo pessoal

Feminicídio

 

Ainda durante o depoimento, suspeito alegou que a vítima estava planejando o roubo de uma caminhonete do chefe dele e que o chamou para executar o crime. No entanto, a jovem teria se arrependido e já estava armando com uma outra pessoa de matar Almeida.

“Essa alegação não tem sustentação, é uma versão só dele, isolada. Eles moravam juntos na casa de um idoso, mas saiu da cidade, levou as coisas dela e estavam separados. Acredito que atraiu ela para falar sobre o relacionamento, ela hesitou em voltar, ele perdeu a cabeça e fez isso”, concluiu.

Desaparecimento

 

Rayres desapareceu no dia 21 de agosto. De acordo com o delegado Erick Maciel, foi apurado que a jovem estava em uma casa com um homem que seria Juscelino Almeida. Foram colhidas imagens de câmeras de segurança que mostram o momento em que ela chega ao local, que fica ao lado do Rio Acre, e, por isso, foram feitas buscas no rio e na região às margens.

Durante as buscas, foram encontradas peças de roupa e uma bicicleta. Por meio das filmagens, a polícia constatou que os objetos encontrados pertencem a Rayres.

Imagens obtidas pela polícia mostram Rayres chega ao local onde foi vista pela última vez

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Imagens obtidas pela polícia mostram Rayres chega ao local onde foi vista pela última vez

Durante as diligências, a Polícia Civil encontrou sangue em um dos quartos da casa onde ela esteve pela última vez, e também no trajeto entre a residência e o Rio Acre.

A casa é da família do ex-namorado da jovem, que chegou a morar no local quando estava com ele. Há cerca de um mês, o casal se separou e Rayres deixou o lugar. Recentemente, o ex-namorado dela também deixou a casa e foi trabalhar na zona rural.

Em depoimento, o pai do suspeito contou que viu quando Rayres chegou na casa e ficou conversando com o filho dele na parte de trás. Após alguns minutos, o idoso afirmou ter ouvido um barulho de briga vindo do quarto e foi checar o que era.

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