Tião Bocalom repete estratégia e impõe domínio sobre o PP em eleição da mesa diretora da Câmara Municipal de Rio Branco

O prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom, que já havia sido humilhado e expulso do Partido Progressista (PP), parece ter retomado seu controle sobre a legenda, utilizando uma estratégia semelhante à que adotou na eleição municipal, quando o PP foi colocado como um “puxadinho” de sua candidatura. Agora, na eleição da nova mesa diretora da Câmara Municipal, marcada para a próxima quarta-feira, 3 de janeiro, o prefeito voltou a aplicar táticas de influência para garantir o apoio do PP à sua aliança política.

Bocalom exigiu que o PP não lançasse candidatura própria à presidência da Câmara e apoiasse seu candidato, o vereador eleito Joabe Lira, do União Brasil (UB), mesmo sendo o PP o partido com a maior bancada na Casa, com 13 votos já garantidos para a eleição de Elzinha Mendonça, que se apresentava como a candidata do PP. Essa manobra política teve a concordância do governador Gladson Cameli, o que fortaleceu ainda mais a posição de Bocalom dentro da legenda.

Apesar de ser filiado ao PL, Bocalom tem se mostrado como o principal líder dentro do PP, exercendo um poder de influência que poucos imaginavam ser possível após sua saída traumática do partido. A dedução que se chega, com base nas recentes movimentações, é que Tião Bocalom se tornou, de fato, o homem mais forte dentro do PP, com o controle absoluto sobre as decisões do partido, mesmo sem ostentar formalmente sua filiação.

Com isso, a estratégia do prefeito parece ser consolidar sua posição de poder dentro do cenário político local, garantindo apoio não só do PP, mas também de outros aliados estratégicos, como o governo do Estado, para seguir influente nas decisões políticas da capital acreana.

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