Prefeitura de Feijó enfrenta crise financeira após bloqueio de R$ 600 mil do FPM pela Receita Federal

O prefeito de Feijó, Railson Ferreira (Republicanos), iniciou sua gestão enfrentando uma grave crise financeira. Nesta sexta-feira, 10 de janeiro, a Receita Federal bloqueou mais de R$ 600 mil do primeiro repasse do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), devido ao não pagamento de encargos do INSS referentes aos meses de novembro, dezembro e ao 13º salário de 2024. A dívida, deixada pelo ex-prefeito Kiefer Cavalcante, afeta mais de 1.500 servidores públicos.

Impacto nas finanças municipais

O montante bloqueado seria utilizado para cobrir despesas como pagamento de servidores, repasses para a Câmara Municipal e outros custos essenciais. Com a retenção dos recursos, a condição financeira do município ficou ainda mais delicada, e o prefeito já estuda medidas de contenção de gastos para evitar impactos ainda maiores, especialmente no pagamento dos servidores.

“O bloqueio do FPM nos trouxe bastante preocupação, pois estamos iniciando nossa gestão, sendo assim um momento delicado. Agora é refazer cálculos e reorganizar nossas finanças. Essa dívida não fomos nós que criamos, mas somos nós que vamos pagar. As medidas cabíveis e as responsabilizações estão sendo providenciadas”, afirmou o prefeito Railson Ferreira ao portal ac24horas.

Investigação de irregularidades

Além do bloqueio, a nova administração está realizando um levantamento sobre possíveis irregularidades da gestão anterior. Ferreira informou que sua equipe está investigando contratos possivelmente superfaturados e que computadores com dados importantes foram quebrados, dificultando a análise da administração passada.

O prefeito destacou que, apesar das dificuldades, está comprometido em reorganizar as finanças do município e adotar medidas legais para responsabilizar os responsáveis pelo descaso.

Reflexos na gestão

A retenção dos recursos do FPM e as dívidas herdadas refletem um cenário desafiador para a nova gestão, que terá que equilibrar os ajustes financeiros com a prestação de serviços à população. Enquanto isso, servidores e moradores aguardam respostas concretas sobre a recuperação econômica da cidade.

A situação em Feijó é um exemplo de como o descumprimento de obrigações fiscais pode gerar um efeito cascata, prejudicando o funcionamento de uma gestão municipal e os direitos dos trabalhadores públicos.

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