Fabiano Azevedo do Site Amazônia Agora
Uma reunião realizada no final da tarde desta terça-feira (14), envolvendo representantes da Prefeitura de Rio Branco, da empresa Ricco, responsável pelo transporte coletivo da capital, e do Sindicato dos Trabalhadores em Transporte de Passageiros e Cargas do Estado do Acre (SINTTPAC), terminou sem solução para o problema da falta de pagamento aos funcionários da empresa. Com isso, existe a possibilidade de paralisação total do transporte público em Rio Branco nesta quarta-feira (15).
De acordo com o presidente do SINTTPAC, Antônio Neto, a Ricco havia prometido pagar os trabalhadores nesta terça-feira, mas a expectativa foi frustrada devido a um repasse esperado de São Paulo, que não se concretizou. Além disso, o subsídio pago pela prefeitura à empresa — destinado a congelar o preço da passagem para os passageiros — ainda não foi transferido devido a entraves burocráticos relacionados ao novo mandato do prefeito Tião Bocalom.
Assembleia decisiva
A situação será debatida em uma assembleia às 4 horas da manhã desta quarta-feira, na garagem da empresa. Segundo Neto, a reunião ocorrerá antes de os motoristas começarem suas jornadas. Caso não haja solução, os ônibus poderão não circular pela cidade.
“Há uma proposta de que o dinheiro saia nesta quarta, até às 15 horas. No entanto, a decisão dos trabalhadores será tomada pela manhã. Alguns pagamentos de vale-alimentação foram realizados com o dinheiro arrecadado diretamente dos passageiros que pagam na roleta”, afirmou Neto ao portal de notícias AMAZÔNIA AGORA.
Impacto e perspectivas
A possível paralisação deixaria milhares de moradores de Rio Branco sem transporte público, agravando a situação de mobilidade urbana. A prefeitura e a empresa Ricco ainda não divulgaram novos posicionamentos, mas a expectativa é que o impasse seja resolvido antes que o sistema de transporte entre em colapso.
Os trabalhadores, por sua vez, ressaltam a insustentabilidade da situação e cobram uma solução definitiva para os atrasos, reforçando que a continuidade do serviço depende diretamente da regularização dos pagamentos.