O coordenador municipal da Defesa Civil de Rio Branco, tenente-coronel Cláudio Falcão, emitiu um alerta sobre a necessidade de atenção redobrada com o Rio Acre, mesmo diante de níveis baixos e pouca chuva acumulada ao longo do mês de janeiro.
Com base em dados históricos dos últimos 11 anos (2015 a 2025), Falcão destacou que os índices registrados no primeiro mês do ano não são indicativos determinantes para prever transbordamentos nos meses seguintes, como fevereiro e março. Ele reforçou que exemplos do passado comprovam a imprevisibilidade das condições climáticas e dos níveis do rio.
“Em 2015, o Rio Acre ultrapassava os 11 metros em janeiro, o que culminou na maior inundação da história do estado. Por outro lado, em 2024, o nível do rio estava pouco acima de 5 metros, mas ainda assim tivemos a segunda maior cheia registrada. Em 2023, o cenário foi semelhante: com níveis também não tão elevados, o estado enfrentou a terceira maior enchente histórica”, exemplificou Falcão.
O coordenador enfatizou que esses dados evidenciam a importância de estar preparado e vigilante, independentemente do volume de chuvas no início do ano. “A análise desses dados nos mostra que não podemos nos acomodar. Supor que pouca chuva e nível baixo do rio em janeiro são garantias de que não haverá uma enchente nos meses seguintes é um erro”, alertou.
Falcão também reforçou a necessidade de disseminar essas informações entre a população para que todos estejam cientes dos riscos e possam se preparar adequadamente. “Deixo esses dados como um alerta. Janeiro com pouca chuva e nível baixo do rio não nos dá a garantia de que não teremos transbordamentos em fevereiro ou março”, afirmou o coordenador.
A Defesa Civil de Rio Branco segue monitorando continuamente as condições do Rio Acre e reforça o compromisso de informar e orientar a população sobre possíveis riscos e medidas preventivas.