Fabiano Azevedo do Site Amazônia Agora
Após uma semana marcada por troca de críticas públicas, o senador Alan Rick (União Brasil) e o prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom (PL) evitaram dividir o mesmo palanque durante os atos realizados neste domingo (6) em defesa da anistia aos presos dos atos de 8 de janeiro de 2023, em Brasília. Os dois participaram de manifestações separadas na capital acreana, evidenciando o distanciamento político entre eles.
Enquanto Bocalom esteve presente no Afa Jardim, ao lado do senador Márcio Bittar (União Brasil) e de outras lideranças locais, Alan Rick optou por participar de um ato independente no hall da Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), no Centro da cidade, organizado pelo grupo “Verdadeiros Patriotas”. O deputado federal Coronel Ulysses (União Brasil) também marcou presença no evento da Aleac.
A ausência de Alan Rick no ato comandado por Bocalom ocorre após críticas do senador à gestão municipal, acusando a Prefeitura de dificultar projetos de infraestrutura e saneamento, como a construção do novo 7º Batalhão de Engenharia e Construção (BEC) e o plano de erradicação dos lixões no estado. Em resposta, Bocalom rejeitou o modelo proposto por Alan e afirmou que não colocaria Rio Branco e demais cidades em risco financeiro.
Apesar das manifestações em palanques diferentes, o senador negou qualquer divisão no movimento pela anistia:
“São movimentos, cada um com sua força, cada um com seu público. Não vejo motivo pra falar em divisão”, afirmou Alan Rick.
Os atos fazem parte da mobilização nacional convocada por Jair Bolsonaro, com manifestações ocorrendo em várias cidades do país. Em Rio Branco, os grupos ligados a diferentes alas do bolsonarismo optaram por eventos em locais e horários distintos, ampliando os sinais de fragmentação política no campo da direita local.
foto montagem: Ac 24 Horas