A Polícia Civil finalizou a investigação sobre o assassinato de Micaias Santos de Almeida, de 18 anos, que foi morto a tiros em fevereiro deste ano em Rio Branco. As apurações revelaram que ele e seu amigo, André Silva dos Santos, também de 18 anos, foram confundidos com membros de uma facção criminosa rival, em meio à disputa entre grupos no estado.
Micaias e André, que não tinham qualquer ligação com o crime organizado, estavam caminhando pelo bairro Taquari após visitar um amigo quando foram surpreendidos por dois homens em uma moto, que abriram fogo contra eles nas proximidades da Rua Baguari, entre o Taquari e o Ramal Menino Jesus. André sobreviveu ao ataque, enquanto Micaias morreu no local.
O delegado Cristiano Bastos afirmou que os jovens foram vítimas inocentes de uma guerra entre facções, destacando que eles não tinham envolvimento com crimes. “Micaias e André foram vítimas dessa violência, sem qualquer ligação com o crime. Os autores, envolvidos com organizações criminosas, pretendiam atingir pessoas em uma festa de uma facção rival”, explicou.
Logo após o crime, dois dos quatro suspeitos foram presos pelo Batalhão de Operações Especiais (Bope), enquanto um terceiro permanece foragido e o quarto é menor, com o caso encaminhado à Vara da Infância e Juventude. Os criminosos usaram duas motos para cometer o ataque, esperando na festa para identificar suas vítimas.
Micaias, que era conhecido por seu trabalho social como presidente do projeto “SOS Taquari”, era um líder comunitário dedicado a ações voltadas para a infância e juventude do bairro. Ele também liderava atividades esportivas e parcerias voluntárias, como o projeto Amigos Solidários no Acre. Derineudo de Souza, coordenador da organização, o descreveu como um “ser de luz”, com uma grande capacidade de influenciar positivamente a comunidade.
O caso continua em investigação, e os suspeitos presos aguardam julgamento em regime preventivo, com os nomes dos envolvidos mantidos em sigilo.