Bocalom sanciona lei que autoriza empréstimo de R$ 67 milhões para renovar frota do transporte coletivo em Rio Branco

Fabiano Azevedo
Site Amazônia Agora

O prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom, sancionou nesta quinta-feira (15) a lei que autoriza a prefeitura a contratar um empréstimo de R$ 67 milhões destinado à renovação da frota de ônibus do transporte coletivo da capital acreana. O financiamento faz parte do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), do governo federal, e, segundo o prefeito, Rio Branco foi uma das cidades contempladas por apresentar capacidade fiscal para contrair o recurso.

O PAC selecionou alguns municípios brasileiros. E um dos selecionados foi Rio Branco, devido à capacidade da prefeitura de poder fazer empréstimo. Eles não iam selecionar um município que não tem capacidade de fazer empréstimo, porque jogariam o projeto fora”, justificou Bocalom durante a cerimônia de sanção.

De acordo com o prefeito, a operação financeira será feita diretamente entre o município e o agente financeiro, o que garante condições mais vantajosas, com juros mais baixos e prazos mais longos, diminuindo o impacto nas tarifas. “Se fosse financiado para empresa privada, o prazo é menor e o juro é maior. Quem ganha é a população. Porque quanto menor o juro e maior o prazo, mais se consegue baixar o preço da passagem”, destacou.

O projeto de lei foi aprovado pela Câmara Municipal em uma sessão marcada pela ausência dos vereadores de oposição. Para Bocalom, as críticas dos opositores são infundadas. “Não fomos nós que criamos esse projeto para comprar os ônibus, não. Quem criou o projeto foi o governo federal. Então, eles estão indo contra o próprio desejo do governo federal. Veja a incoerência dessa oposição. Para a oposição, se você pintar a rua de ouro, pode ter certeza que eles vão criticar, porque queriam ouro 24, não ouro 18”, ironizou.

O prefeito ainda aproveitou para traçar paralelos entre o trânsito da capital acreana e o de cidades maiores, argumentando que o caos no tráfego local é consequência direta da precariedade do transporte público. “Nossas avenidas estão lotadas de carro, moto, acidente toda hora. Sabe por que tem muito carro na rua? Porque o transporte coletivo realmente não é bom. Se você for a Curitiba, a diversas cidades grandes aí, muito maiores que Rio Branco, você vai ver muito menos carro na rua. Por quê? Porque o transporte coletivo é bom”, comentou.

Segundo Bocalom, o plano é integrar a renovação da frota com as obras de mobilidade urbana em andamento, como os viadutos e corredores exclusivos para ônibus, criando um sistema mais rápido e eficiente. “O objetivo é melhorar o transporte para que, no futuro, um ônibus saia da universidade, consiga chegar aqui no centro em 6 a 7 minutos. Um ônibus bom, com todos os viadutos que a gente está fazendo, para poder andar rápido”, frisou.

Ele finalizou dizendo que, com um sistema eficiente, ele próprio trocaria o carro pelo transporte coletivo. “Sendo uma via rápida, tendo ônibus novos, ônibus bons, até eu, que moro naquela região, ando de ônibus. Mas ando mesmo, porque é muito mais rápido, organizado, quietinho, não risco de bater o carro nem nada. Posso mexer no meu celular, ir embora, chegar tranquilo. As cidades modernas hoje, que a gente não carros andando pela rua — estive na Europa, e o que eu vi foi isso”, concluiu.

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