Defesa diz que Agroboy não teve intenção de matar servidora atropelada em Rio Branco: “Foi uma fatalidade”

O advogado Felipe Munhoz, responsável pela defesa do influencer rural Diego Luiz Gois Passo, de 27 anos, conhecido como Agroboy, afirmou nesta terça-feira (25), à reportagem da TV 5, que seu cliente não teve a intenção de atropelar e matar a servidora do Tribunal de Justiça do Acre, Juliana Chaar Marçal, de 36 anos. O caso ocorreu na madrugada do último sábado (21), no bairro Isaura Parente, em Rio Branco, após uma confusão generalizada na saída de uma casa noturna.

Segundo a defesa, Diego tentava escapar de disparos de arma de fogo feitos por outro envolvido na briga, o advogado Keldheky Maia, e acabou perdendo o controle da caminhonete que dirigia, atingindo Juliana. “Em nenhum momento ele quis atropelar ou atentar contra a vida de alguém. Foi uma fatalidade lamentável. Ele saiu em alta velocidade apenas para fugir dos tiros”, declarou Munhoz.

A Justiça do Acre decretou a prisão preventiva de Diego por decisão do juiz Robson Aleixo, da Vara de Plantão. No entanto, o advogado entrou com um pedido de contramandado de prisão, recurso que visa impedir a detenção imediata do acusado, sob o argumento de que Diego é réu primário, tem bons antecedentes e emprego fixo.

“A intenção é garantir que ele responda ao processo em liberdade, com medidas cautelares, como já ocorreu com outros envolvidos no caso”, afirmou o defensor.

Caminhonete será entregue e periciada

Diego também manifestou, por meio do advogado, a intenção de entregar à polícia a caminhonete Hilux usada no atropelamento, que deve passar por perícia. O veículo ainda não foi localizado pelas autoridades.

O advogado ainda alegou que o cliente pensou em retornar ao local do atropelamento para prestar socorro, mas desistiu por medo de ser linchado, já que havia muita movimentação de pessoas e indivíduos armados. “Ele percebeu que tinha atingido alguém e quis voltar, mas recuou temendo pela própria segurança”, explicou.

Apresentação voluntária

O pedido de contramandado será analisado pelo juiz Alesson Braz, da 2ª Vara do Tribunal do Júri e Auditoria Militar. Segundo a defesa, Diego deve se apresentar ainda nesta semana.

“Ele está abalado desde o ocorrido e procurou orientação para se apresentar voluntariamente. Estamos conduzindo todo o processo legal para que isso ocorra o mais breve possível”, finalizou Munhoz.

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