O município de Xapuri foi palco, nesta sexta-feira, 27, do encerramento de uma grande ação de cidadania e inclusão: o programa Justiça Itinerante Cooperativa na Amazônia Legal. O evento contou com a presença do governador Gladson Cameli e do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), ministro Luís Roberto Barroso.
A iniciativa, promovida pelo CNJ, tem como objetivo levar a estrutura do Poder Judiciário e de instituições públicas a regiões de difícil acesso da Amazônia Legal, contemplando mais de 770 municípios nos nove estados da região. No Acre, os atendimentos ocorreram entre os dias 23 e 27 de junho, em Xapuri, com ações realizadas na Escola Divina Providência, na Universidade Aberta do Brasil e em unidades móveis como o Justiça Sobre Rodas e a Defensoria Pública.
Inspirado por Milton Nascimento, o ministro Barroso destacou o espírito da iniciativa:
“Todo artista tem de ir aonde o povo está. E o Judiciário também. É por isso que faço questão de estar presente, de olhar nos olhos das pessoas e garantir que a Justiça alcance quem mais precisa”, afirmou.O governador Gladson Cameli, anfitrião da comitiva, destacou o papel fundamental da união entre os poderes.
“É uma alegria imensa receber essa equipe aqui no Acre. Esse programa é um exemplo de como podemos levar dignidade e cidadania a quem está distante dos grandes centros. A Justiça tem que estar onde o povo está”, declarou.
Durante a semana, além dos serviços jurídicos, o governo do Estado ofereceu emissão de RG pela Polícia Civil, atendimentos médicos com apoio da Secretaria de Saúde (Sesacre) e suporte social pela SEASDH. Um dos momentos mais emocionantes foi o Casamento Coletivo, promovido pelo Tribunal de Justiça do Acre (TJAC), que oficializou a união de 61 casais.
“Esse momento é sempre muito esperado. É quando o Judiciário se mostra realmente presente na vida das pessoas”, destacou o presidente do TJAC, desembargador Laudivon Nogueira.
O Justiça Itinerante atende comunidades indígenas, quilombolas, ribeirinhas e agricultores familiares, cumprindo sua missão de ser ponte entre o povo da floresta e seus direitos. Uma verdadeira força-tarefa pela cidadania — e o Acre mostrou que sabe fazer isso com acolhimento e compromisso.