Esta planta pode desempenhar um papel simples no prato, mas tem ação potente no organismo. Rica em fibras, antioxidantes e compostos bioativos, a chicória é uma aliada natural contra inflamações, problemas digestivos e até o envelhecimento precoce.
De acordo com o nutricionista Fernando Castro, seu destaque está na inulina — uma fibra prebiótica que melhora o trânsito intestinal e favorece a saúde da microbiota. “A chicória tem alto valor funcional. Vai além do sabor amargo: atua na digestão, no fígado e na proteção celular”, afirma.
Antioxidante e antienvelhecimento
O profissional explica que a planta fornece uma combinação poderosa de vitamina C, vitamina K, ácido fólico, potássio, magnésio, compostos fenólicos e carotenoides. “Essa mistura atua de forma sinérgica, principalmente na neutralização dos radicais livres, que causam danos às células e aceleram o envelhecimento”, detalha.
Ainda segundo Fernando, o consumo regular ajuda a proteger o DNA celular, melhora a função imunológica e ainda reduz inflamações silenciosas no corpo.
Aliada do fígado e da desintoxicação
Outro benefício importante da chicória é o efeito hepatoprotetor. “Ela estimula a produção de bile, o que facilita a digestão de gorduras e auxilia na desintoxicação do fígado”, explica Fernando. Além disso, seus compostos favorecem a regeneração das células hepáticas e combatem o estresse oxidativo.
Como consumir no dia a dia
Por ser uma planta versátil, ela pode ser usada crua em saladas, refogada com alho e azeite, ou em sucos verdes com frutas cítricas. Para um efeito mais medicinal, o nutricionista indica o chá feito com a raiz ou folhas secas. “Duas xícaras por dia já são suficientes para ajudar na limpeza do fígado e no alívio da constipação”, orienta. Há ainda a opção do extrato vegetal da raiz, sempre com acompanhamento profissional.
Uso com orientação individualizada
Apesar de ser segura para a maioria das pessoas, Fernando ressalta que o uso terapêutico da chicória deve ser individualizado. “Quem tem sensibilidade gastrointestinal precisa de avaliação antes de incluir grandes quantidades na rotina”, alerta.