A Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Acre manteve, por unanimidade, a condenação de Rogério Furtado Santos a 45 anos e 5 meses de prisão. A decisão, tomada nesta semana, rejeitou o recurso apresentado pela defesa contra a sentença proferida em março deste ano, quando o réu foi julgado por um júri popular.
Desembargadores negaram o recurso/Foto: Reprodução
Rogério foi condenado pelo homicídio de Michael Wesley Santos Barbosa e pela tentativa de assassinato de seu irmão, Ruan Victor Santos Barbosa, crimes cometidos no mesmo dia.
No recurso, a defesa não questionou a autoria nem as provas do caso, mas pediu a redução da pena, alegando supostos equívocos na análise de fatores como culpabilidade, condição social e consequências do crime. O advogado sustentou que esses pontos teriam sido avaliados de forma injusta, resultando em um aumento excessivo da condenação.
O relator do processo, desembargador Samuel Evangelista, considerou que a decisão original está devidamente fundamentada. Para ele, a frieza e a premeditação demonstradas pelo réu aumentam o grau de reprovabilidade de sua conduta. Os demais magistrados acompanharam o voto, confirmando a pena em segunda instância.
De acordo com as investigações, Michael Wesley foi executado na frente da casa da mãe, no Residencial Rosa Linda, no Segundo Distrito de Rio Branco. Testemunhas relataram que Rogério chegou ao local de bicicleta, acompanhado de um comparsa, e abriu fogo contra a vítima, que estava junto do irmão e de um amigo. Ruan Victor foi baleado e socorrido, enquanto o terceiro homem conseguiu fugir. O outro suspeito ainda não foi identificado.
Em depoimento à polícia, Ruan Victor disse ter reconhecido Rogério como o atirador. As apurações apontam que o crime está ligado à disputa entre facções criminosas na capital. Ao identificar Michael como integrante de um grupo rival, Rogério teria decidido matá-lo.