O Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Acre (Idaf) confirmou três casos de raiva bovina no interior do estado: dois em Mâncio Lima, registrados em julho, e um em Cruzeiro do Sul, no início de agosto. Um quarto caso em Mâncio Lima está em monitoramento, aguardando resultado de exame laboratorial.
A raiva em bovinos é transmitida pela mordida de morcegos hematófagos, que podem levar o animal à morte. Quando a doença é identificada, a coleta de material para análise ocorre após o óbito do animal.
A confirmação dos casos levou o Idaf a intensificar ações de orientação a produtores, visitas às propriedades e captura de morcegos transmissores da doença. Segundo Diego Muniz, médico veterinário responsável pelo monitoramento, a raiva não tem cura, mas pode ser prevenidacom a vacinação anual do rebanho.
“A gente sempre indica que o produtor vacine os animais todos os anos. É um investimento que evita prejuízo econômico e risco à saúde pública”, reforçou Muniz.
O Idaf orienta que produtores que notarem mordidas de morcego, sangramento ou sintomas neurológicos nos animais — como dificuldade de locomoção, paralisia, convulsões e salivação excessiva — devem notificar o instituto em até 24 horas. Também é recomendado que quem tiver contato com o animal procure imediatamente um posto de saúde.
Além da vacinação do rebanho, a Secretaria de Saúde reforça a imunização de cães e gatos, prevenindo a disseminação do vírus para outros animais e para seres humanos.
Em 2022, cerca de 18 animais morreram por raiva bovina no estado, reforçando a necessidade de vacinação anual e monitoramento constante.
Fabiano Azevedo – Site Amazônia Agora