O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, durante entrevista ao Luis Nassif, do ‘Jornal GGN’
Reprodução/YouTube
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou neste sábado (23), em entrevista ao “Jornal GGN”, que bolsonaristas têm feito ataques ao Banco do Brasil, dentro de uma ação combinada que tem o objetivo de “minar instituições públicas” do país.
Nesta sexta-feira, a colunista do g1 Ana Flor noticiou que o BB pediu à Advocacia-Geral da União (AGU) providências jurídicas contra perfis bolsonaristas que disseminam desinformação contra a instituição financeira.
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📱No pedido, o BB listou publicações que estimulam pessoas a fecharem conta no banco e citam uma série de boatos que configurariam ameaça não só ao Banco do Brasil, mas a todo o Sistema Financeiro Nacional.
“Tem acontecido um ataque ao Banco do Brasil por parte do bolsonarismo. Há bolsonaristas em rede social defendendo saque de valores de [contas no] Banco do Brasil, por exemplo”, disse o ministro da Fazenda.
“Há projetos de lei no Congresso para perdoar dívidas do agronegócio, que não está com problemas, no Banco do Brasil. Está aumentando a inadimplência no Banco do Brasil por uma ação concertada, deliberada, de bolsonaristas que estão tentando minar as instituições públicas”, completou Haddad.
O ministro disse ainda que o ambiente político do país está “tóxico”, com uma disputa na qual o jogo limpo deu lugar ao vale tudo. “Isso compromete a saúde da democracia brasileira. Por isso, não podemos arredar pé da defesa das instituições”, declarou.
Desde o começo da semana, o Banco do Brasil colocou em curso uma estratégia de contenção de danos.
📉A própria diretoria ligou para os 100 maiores investidores para dar esclarecimentos sobre boatos. Funcionários e gerentes foram orientados a falar com clientes.
Lei Magnitsky
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Atualmente, o ministro Alexandre de Moraes, do STF, é alvo da Lei Magnitsky, dos Estados Unidos, que impõe sanções financeiras como congelamento de ativos nos EUA e proibição de fazer negócios com empresas americanas.
Instituições em outros países que mantiverem ativos dos alvos da lei podem sofrer sanções nos EUA.
Os ataques ao BB se deram a partir de especulações sobre contas bancárias de ministros da Suprema Corte.