Na manhã desta terça-feira, 27 de fevereiro, a Defesa Civil divulgou novos dados alarmantes sobre a situação do Rio Acre na capital acreana. Segundo as medições, o manancial alcançou a marca de 16,20 metros, representando um aumento significativo em relação à última medição realizada às 18 horas do dia anterior, quando o rio registrava 16,08 metros. Esse aumento, ainda que aparentemente pequeno, implica em grandes consequências devido ao rio já estar mais de dois metros acima da cota de transbordamento.
“O problema é esse, com o nível atual, cada centímetro representa muito. Para se ter uma ideia, cada centímetro neste estágio é como se fossem 10 centímetros se o rio estivesse na cota de 12 metros”, explica Cláudio Falcão, coordenador da Defesa Civil na capital acreana.
A preocupação se intensifica devido ao ritmo acelerado de subida do rio em Brasileia, que tem registrado uma média de 4 centímetros por hora. Isso significa que toda a água acumulada nessa região será despejada em Rio Branco, agravando ainda mais a situação na capital. Falcão destaca que Brasileia vive a segunda maior cheia de sua história, o que aumenta a magnitude do problema.
Até a última atualização, mais de 600 pessoas estavam desabrigadas, alojadas em escolas e no Parque de Exposições, totalizando mais de 200 famílias afetadas. Esse número tende a aumentar, uma vez que mais pessoas foram obrigadas a deixar suas casas durante a madrugada. As autoridades locais estão atentas à evolução da situação e atualizarão os números conforme necessário, visando garantir o apoio adequado às famílias afetadas pelo aumento do nível do Rio Acre.