Moradores de Rio Branco pedem urgência na pavimentação de trecho da estrada Dias Martins

Mais de quatro mil moradores dos bairros Universitário, Tucumã, Portal da Amazônia e comunidades adjacentes uniram suas vozes em um clamor dirigido ao Departamento de Estradas e Rodagens do Acre (Deracre) esta semana. Eles solicitaram com veemência o adiantamento da pavimentação de um trecho de menos de dois quilômetros da estrada Dias Martins, que tem esperado pela ação do poder público por mais de 15 anos.

Os residentes dessas localidades enfrentam não apenas dificuldades de locomoção devido à falta de pavimentação, mas também a impossibilidade de implementar outras políticas públicas cruciais. Entre elas estão a criação de uma linha de ônibus para atender a região e a expansão do Parque do Tucumã. “Aqui os problemas só se acumulam. No verão, ninguém suporta tanta poeira e buracos. No inverno, com a chuva, é difícil até pra ficar de pé”, lamenta Miquéias de Oliveira Vasconcelos, líder comunitário.

O Departamento de Estradas e Rodagens do Acre estima que será necessário um investimento superior a R$ 8 milhões para pavimentar definitivamente a estrada Dias Martins. Embora a obra esteja em fase de projeto e uma emenda parlamentar de R$ 6,5 milhões tenha sido alocada para sua realização, o departamento, após receber o abaixo-assinado, decidiu priorizar ações emergenciais. “Uma equipe do órgão deve executar ações paliativas no trecho da estrada dando acesso e trafegabilidade para as famílias, no próximo verão”, revela a assessoria.

No entanto, a decisão de realizar apenas intervenções paliativas preocupa Miquéias de Oliveira Vasconcelos. Ele teme que tais medidas temporárias resultem em um relaxamento por parte do departamento para resolver os problemas da estrada Dias Martins de forma definitiva. “Temos que pensar em soluções a longo prazo, se não vamos continuar com os mesmos problemas que causam a diminuição da qualidade de vida desses moradores. Já há a verba. Por que não resolver o problema logo? Não dá pra aceitar remendo. Porque no ano que vem vamos passar por angústias que já passamos há mais de 15 anos? O que nós queremos então é: já que o dinheiro já está alocado, que haja uma sensibilidade por parte do Deracre para resolver, e não para adiar a solução do problema”, enfatiza.

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