Na última entrevista do candidato a prefeito de Rio Branco, Marcus Alexandre (MDB), ao programa Bar do Vaz, apresentado pelo jornalista Roberto Vaz, uma das partes mais interessantes foi sua resposta a uma acusação recorrente. O candidato Tião Bocalom frequentemente alega que Marcus estaria a serviço de seu “padrinho” político, Jorge Viana (PT). Marcus Alexandre foi enfático ao negar essa ligação, afirmando que não tem padrinho político e que não trará ninguém de fora para seu palanque. Ele declarou: “Não tenho padrinho e não vou trazer ninguém de fora para o meu palanque, com quem quero conversar está aqui, que é o povo”.
Essa afirmação foi um claro recado de que Marcus não quer a presença de antigos líderes dos governos petistas em seu programa eleitoral. Ele reconhece a importância do PT em sua carreira, lembrando que o partido o projetou politicamente, mas ressalta que sua atuação como prefeito de Rio Branco também trouxe notoriedade ao PT. Além disso, Marcus aceitou um desafio difícil ao integrar como vice a chapa de Jorge Viana ao governo, em uma eleição considerada arriscada, quando poderia ter se candidatado a deputado estadual com grandes chances de vitória. Para ele, essa dívida com o PT já está quitada, com juros e correção monetária.
A estratégia de Marcus Alexandre é clara: focar diretamente no eleitorado, enfatizando que sua “conversa” é com o povo, que é quem decide as eleições. Ele sublinha que figuras políticas de destaque, ou “medalhões”, não são decisivas no resultado das urnas. Sua postura de independência busca reforçar a conexão direta com os eleitores, destacando que eles são os verdadeiros protagonistas do processo eleitoral.