Ministério da Saúde lança campanha da Semana Mundial da Amamentação 2024 e novo programa nacional de apoio

A amamentação é o único fator que, isoladamente, pode reduzir em até 13% a mortalidade infantil por causas evitáveis. Para fortalecer ações em todo o país, nesta quinta-feira, 1º de agosto, o Ministério da Saúde lançou a Campanha da Semana Mundial da Amamentação 2024. Com o tema “Amamentação, apoie em todas as situações”, a campanha está alinhada aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável que visam garantir a sobrevivência e o bem-estar das crianças. O foco é a redução das desigualdades no apoio à amamentação. Além disso, a pasta anunciou o desenvolvimento do Programa Nacional de Promoção, Proteção e Apoio à Amamentação.

Mulheres que precisam de apoio ou têm dificuldades com a amamentação podem contar com a assistência do Sistema Único de Saúde (SUS). No último ano, aproximadamente 1,6 milhão de mulheres foram atendidas em todo o país. No Acre, foram mais de 12 mil atendimentos.

O governo federal reconhece as diferentes condições a que milhares de famílias estão expostas diariamente e que afetam a amamentação. Por isso, a campanha deste ano visa garantir o direito à amamentação, com atenção especial às lactantes em situação de vulnerabilidade, além de apoiar a amamentação em estados de emergência, calamidades públicas e desastres naturais. O Ministério da Saúde coordena nacionalmente essa iniciativa global, a principal ação de mobilização social em prol da amamentação. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), cerca de seis milhões de vidas de crianças são salvas a cada ano devido ao aumento das taxas de amamentação exclusiva até os seis meses de vida. Em parceria com a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), a Semana Mundial da Amamentação defende que a população seja informada sobre as desigualdades no apoio e prevalência da amamentação.

Novo Programa Vai Fortalecer e Integrar Ações em Todo o País

O Ministério da Saúde está trabalhando para lançar o novo Programa Nacional de Promoção, Proteção e Apoio à Amamentação, como parte dos eixos estratégicos da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Criança (PNAISC) no âmbito do SUS. Assim, a pasta reforça os princípios da amamentação como direito humano, do acesso universal à saúde, da equidade em saúde, da integralidade do cuidado e da humanização da atenção em saúde em todo o país.

O objetivo do programa, que está em fase final de pactuação com o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e o Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems), é fortalecer e integrar ações voltadas à temática em todo o país, incentivando que a amamentação comece na primeira hora de vida do bebê e continue até os dois anos ou mais, sendo exclusiva até os seis meses. Além disso, o programa promoverá ações integradas, transversais e intersetoriais de amamentação nos estados e municípios.

O Ministério da Saúde reitera que a amamentação é a forma de proteção mais econômica e eficaz para a redução da morbimortalidade infantil, com grande impacto na saúde da criança, diminuindo a ocorrência de diarreias, afecções perinatais e infecções, principais causas de morte de recém-nascidos. Ao mesmo tempo, traz inúmeros benefícios para a saúde da mulher, como a redução das chances de desenvolver câncer de mama e ovário.

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