Greve do transporte público na Bolívia termina, mas crise de diesel persiste

Na tarde de quinta-feira, 1º de agosto, terminou a greve de 24 horas organizada pelo setor de transporte público na Bolívia, causando bloqueios em cidades fronteiriças com o Brasil, como Brasiléia e Epitaciolândia, no Acre. No entanto, o problema persiste: a escassez de diesel no país atingiu um nível crítico, conforme relatado pelo jornal El Deber, de Santa Cruz de La Sierra.

Nas últimas duas semanas, longas filas de ônibus, caminhões e carretas têm esperado horas para comprar diesel, que está cada vez mais escasso. A Bolívia enfrenta uma escassez de combustível inicialmente atribuída pela estatal Yacimientos Petrolíferos Fiscales Bolivianos (YPFB) ao mau tempo na região chilena de Arica, de onde importa combustível.

Entretanto, a mídia chilena refutou esses problemas, e as autoridades marítimas do país informaram que o Porto de Sica Sica foi desativado por não cumprir regulamentos. Além dos problemas logísticos, a falta de exploração de novas jazidas de gás e petróleo e a queda das Reservas Internacionais Líquidas (RIN), que atingiram US$ 1.796 milhões no primeiro trimestre deste ano, são fatores determinantes para a escassez de combustível.

Os transportadores manifestaram desespero pela falta de diesel, resultando em longas filas que se estendem por vários quilômetros. Embora o setor de transporte público tenha encerrado a greve e iniciado um diálogo com o governo, os transportadores de cargas pesadas mantêm o bloqueio rodoviário por tempo indeterminado.

Eles deram um prazo de 72 horas para o governo resolver o problema que afeta vários setores. Caso contrário, instaram o presidente Luis Arce a convocar novas eleições.

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