Novos geoglifos na Reserva Chico Mendes podem impulsionar turismo e pesquisa arqueológica

A descoberta de dois novos geoglifos na Reserva Extrativista Chico Mendes, revelada no final de julho, tem o potencial de aumentar o interesse turístico na área de conservação do Acre. A validação oficial pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) será crucial para assegurar a proteção e o reconhecimento desses sítios arqueológicos.

Espera-se que o interesse dos turistas pela região cresça, com as comunidades locais podendo oferecer essa nova atração aos visitantes, integrando-a a um roteiro que inclui a Trilha Chico Mendes. Isso também poderá atrair pesquisadores interessados na preservação e estudo desses geoglifos.

Os novos geoglifos foram descobertos durante uma atividade de campo na área de turismo do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e estão localizados no município de Epitaciolândia. A descoberta foi feita por acaso e representa uma adição significativa ao acervo arqueológico da região.

Além desses, já são conhecidos quatro outros geoglifos na área, e a descoberta desses novos sítios atende ao desejo das comunidades locais de promover o turismo. A proposta é criar um roteiro turístico que conecte esses novos geoglifos à Trilha Chico Mendes, um percurso de longa distância que atravessa a reserva.

Estima-se que existam cerca de 800 geoglifos conhecidos, com aproximadamente 500 localizados no Acre, principalmente no sul do estado. Rondônia, Amazonas e Mato Grosso também têm cerca de 300 desses geoglifos, que se estendem até a Bolívia. Embora a finalidade desses desenhos ainda seja um mistério para os arqueólogos, acredita-se que eles tenham sido criados entre 2 mil e 2.500 anos atrás.

Os geoglifos variam de formas simples, como círculos e quadrados, a desenhos mais complexos. Essas estruturas monumentais exigiram grande esforço das antigas civilizações da região. A descoberta dos novos geoglifos representa um avanço na compreensão da rica história dos povos amazônicos antigos e contribui para a preservação da floresta e a ampliação do conhecimento sobre a importância arqueológica desses sítios.

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