Acre celebra 123 anos da Revolução que tirou o território da Bolívia e colocou no mapa do Brasil

O Acre celebra nesta quarta-feira, 6 de agosto, os 123 anos do início da Revolução Acreana, um marco histórico que transformou o destino do território. O movimento, que começou em 1902 e terminou em janeiro de 1903, resultou na anexação do Acre ao Brasil, tirando-o do controle da Bolívia.

A disputa teve como pano de fundo a borracha, ouro branco da época, e motivação econômica: o Acre era uma das maiores fontes dessa matéria-prima no mundo no final do século 19 e início do século 20. Foi essa riqueza que despertou o interesse e provocou a luta que mudaria os rumos da história acreana.

Segundo historiadores, a Revolução Acreana deveria ter começado em 14 de julho de 1902, mas um atraso na entrega das armas fez com que o ataque fosse adiado para agosto. A data escolhida não foi por acaso: 6 de agosto é o Dia da Independência da Bolívia, e os revolucionários liderados por José Plácido de Castro aproveitaram as festividades bolivianas para atacar de surpresa.

O movimento teve várias fases antes de seu desfecho em 1903. Entre os episódios marcantes estão a insurreição de 1899, o Estado Independente do Acre, a República do Presidente Galvez e a Expedição dos Poetas, em 1900. A luta terminou com a assinatura do Tratado de Petrópolis, que selou de vez a integração do Acre ao território brasileiro.

A Revolução Acreana inspirou produções culturais, como a minissérie “Amazônia – de Galvez a Chico Mendes”, exibida pela TV Globo em 2007 e escrita pela autora acreana Glória Perez. A obra resgata momentos marcantes da história e personagens que participaram dessa conquista.

Quem quiser conhecer mais sobre essa saga pode visitar o Museu da Borracha, em Rio Branco. O local reúne exposições sobre a chegada dos primeiros nordestinos, o ciclo da borracha, a produção do látex e depoimentos de soldados da borracha, além de projeções que mostram como era o trabalho dos seringueiros na floresta.

Fabiano Azevedo – Site Amazônia Agora

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