Começa nesta terça-feira, 1º de outubro, a segunda fase da campanha de vacinação contra a brucelose no rebanho bovino do Acre, com foco nas vacas de 3 a 8 meses. A imunização vai até o final de dezembro, e as doses precisam ser registradas no Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal (IDAF).
No Vale do Juruá, incluindo Cruzeiro do Sul, o rebanho bovino ultrapassa 60 mil animais. O objetivo do Instituto é vacinar 80% do rebanho elegível, com uma meta de imunizar 4 mil fêmeas de 3 a 8 meses contra a zoonose que provoca abortos. A falta de vacinas na região já foi resolvida, e atualmente há duas opções disponíveis em Cruzeiro do Sul.
“Este ano foi atípico, e tivemos escassez de vacinas contra a brucelose, o que levou à prorrogação da campanha. Estão disponíveis duas vacinas: a B19, aplicada em fêmeas a partir dos três meses, e a RB51, usada em animais mais velhos. Quem não foi vacinado na primeira etapa, poderá ser imunizado agora na segunda fase. O IDAF exige que a aplicação seja feita por auxiliares autorizados, sob a supervisão de veterinários. A brucelose é uma zoonose que também pode afetar humanos. Os últimos casos foram registrados em 2019, e a doença persiste no rebanho devido ao baixo índice de vacinação”, explica Diego Muniz, médico veterinário do IDAF.
A vacina contra a brucelose é a única exigida pelo IDAF, embora outras, como as de raiva e carvúnculo, sejam recomendadas. Produtores que não vacinarem seus animais terão suas fichas bloqueadas, impedindo a emissão da Guia de Trânsito Animal (GTA), necessária para o transporte dos bovinos. “Pedimos que os produtores respeitem o prazo e vacinem suas fêmeas para garantir a saúde do rebanho e evitar penalidades”, concluiu Muniz.