O Acre receberá mais 110 unidades do Programa Minha Casa, Minha Vida, totalizando pouco mais de 1,9 mil residências construídas pelo projeto do governo federal. A nova remessa, destinada por portaria publicada no Diário Oficial da União em 11 de julho pelo Ministério das Cidades, será construída em municípios com até 50 mil habitantes, abrangendo 20 cidades no interior do estado. A Secretaria de Estado de Habitação e Urbanismo do Acre (Sehurb) agora pode definir os locais dos projetos e apresentar as propostas ao governo federal.
Segundo o secretário Egleuson Santiago, o investimento será de R$ 130 mil por unidade, com o estado fornecendo os terrenos e a infraestrutura necessária.
O estado enfrenta um déficit habitacional de 23,9 mil residências. Em novembro de 2023, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva havia anunciado a destinação de 1,6 mil unidades ao estado, distribuídas entre três municípios: 1,4 mil em Rio Branco, 100 em Xapuri e 100 em Cruzeiro do Sul. A nova remessa não especifica a distribuição entre as cidades. Em junho deste ano, mais 250 casas foram incluídas no projeto, com construção no Conjunto Habitacional Cidade do Povo. A ordem de serviço foi assinada em 9 de julho.
A construção das casas está prevista para começar no primeiro semestre de 2024, com um custo de R$ 220 milhões, contemplando famílias da faixa 1 do programa, com renda mensal de até R$ 2.640. O programa Minha Casa, Minha Vida foi criado em 2009, no segundo mandato do governo Lula. Em 2020, sob a gestão de Jair Bolsonaro, foi substituído pelo Casa Verde e Amarela, que modificou alguns pontos do programa original, mas manteve o objetivo de facilitar o acesso a moradias para famílias de baixa renda.
No final de janeiro, o governador do Acre, Gladson Cameli (PP), participou do 1º Fórum de Governadores recém-eleitos em Brasília e encontrou-se com o presidente Lula, onde apresentou propostas para a recuperação da BR-364, construção de casas populares e redução da fila de espera por cirurgias.