Redação do site Amazônia Agora
Os consumidores do Acre estão entre os mais impactados pela alta nas tarifas de energia elétrica provocada pelos vetos presidenciais à chamada Lei das Eólicas Offshore. Segundo levantamento da Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica (Abradee), o estado deverá ter um aumento de R$ 17,16 por megawatt-hora (MWh) nas contas de luz, colocando o Acre na oitava posição entre os estados com maior impacto tarifário no país.
A nova legislação, aprovada pelo Congresso Nacional no ano passado, tinha como objetivo regulamentar e estimular a geração de energia eólica no mar (offshore). No entanto, o presidente da República vetou trechos considerados “jabutis” – emendas que incluíam benefícios a setores específicos, como termelétricas a carvão, pequenas centrais hidrelétricas (PCHs) e usinas solares já subsidiadas.
De acordo com a Abradee, esses dispositivos gerariam subsídios cruzados que onerariam ainda mais o consumidor final. Com os vetos, a entidade estima que o impacto nas tarifas de energia elétrica chegue a R$ 545 bilhões nos próximos anos, o equivalente a manter a bandeira vermelha 2, a mais cara do sistema, por 25 anos.
A região Norte será uma das mais penalizadas, com o Pará liderando o ranking de estados com maior reajuste (R$ 19,45 por MWh), seguido por Mato Grosso do Sul, Alagoas, Rio de Janeiro, Amazonas e Acre. Estados vizinhos, como Tocantins (R$ 17,06) e Rondônia (R$ 14,70), também estão entre os mais afetados.
Confira os 10 estados mais afetados pela alta tarifária (R$/MWh):
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Pará – R$ 19,45
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Mato Grosso do Sul – R$ 18,03
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Alagoas – R$ 17,88
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Rio de Janeiro – R$ 17,97
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Amazonas – R$ 17,77
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Mato Grosso – R$ 17,56
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Piauí – R$ 17,18
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Acre – R$ 17,16
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Tocantins – R$ 17,06
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Bahia – R$ 17,01
Com informações da Folha de S. Paulo