O vice-presidente Geraldo Alckmin faz um lanche em uma barraca em frente ao Ministério da Indústria e Comércio Exterior
Mariana Assis/ g1
O vice-presidente e ministro da Indústria, Geraldo Alckmin, afirmou nesta quarta-feira (7) que o Brasil está disposto a dialogar com os Estados Unidos sobre temas que envolvem regulações não tarifárias, como a atuação de big techs, data centers e minerais estratégicos.
A sinalização ocorre em meio à crise gerada pela decisão dos EUA de aumentar tarifas de importação sobre produtos brasileiros.
Alckmin relatou que o encarregado de negócios da embaixada dos EUA no Brasil, Gabriel Escobar, procurou o governo para discutir o tema. Segundo o vice-presidente, o Brasil apresentou argumentos técnicos e se mostrou aberto a construir uma pauta comum.
“Ele veio conversar, nós dissemos claramente nossos argumentos, dizendo: olha, a questão tarifária, de cada dez dos maiores produtos exportados, oito têm alíquota zero. A tarifa média é 2,7%”, afirmou Alckmin.
Apesar disso, o ministro reconheceu que o problema pode estar em barreiras não tarifárias e defendeu o diálogo:
“Se tem problema não tarifário, vamos sentar, conversar e resolver. Se tem uma pauta – data centers, big techs, minerais estratégicos – então construir uma pauta de conversa, de entendimento para superar esse problema. Nós não criamos, mas vamos trabalhar para resolver.”
Tarifaço
Mais cedo, Alckmin também afirmou que o plano de contingência do governo para auxiliar empresas afetadas pelo tarifaço dos EUA já foi apresentado ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que vai decidir o momento do anúncio.
O foco será apoiar empresas mais afetadas pelo tarifaço, especialmente aquelas com grande volume de exportações para os EUA.