A Polícia Civil do Acre confirmou que a pistola calibre 9 mm encontrada com o advogado Keldheky Maia da Silva, sócio do presidente da OAB Seccional Acre, Rodrigo Aiache, foi a mesma utilizada na execução de Victor Viny Pinheiro da Costa, de 28 anos, em outubro de 2024, em Rio Branco.
O laudo de confronto balístico, feito pelo Instituto de Criminalística, comparou munições encontradas no corpo de Victor Viny com projéteis apreendidos no caso mais recente — a morte da advogada Juliana Chaar Marçal, em 21 de junho deste ano, durante uma confusão em frente à casa noturna Dibuteco, na capital.
Segundo as investigações, no episódio deste ano, Keldheky efetuou disparos contra Dhiones Siqueira Passos e Ledo Patrício da Silva Almeida Júnior, que não foram atingidos. Logo depois, Juliana foi atropelada por uma caminhonete Toyota Hilux conduzida por Diego Passos e morreu no local. A arma estava no veículo.
O inquérito aponta que, no crime de 2024, Victor Viny foi baleado dentro da casa do irmão, na Rua Brasília, bairro Vila Betel. O autor dos disparos, Miquésio Gomes da Costa, foi preso semanas depois, mas não revelou o paradeiro da pistola — que agora aparece ligada ao advogado. Como a arma, antes em posse de um homicida, chegou até Keldheky Maia é algo que ainda está sob investigação.
Preso preventivamente desde 8 de agosto, Keldheky teve a custódia mantida pelo juiz Alesson José Santos Braz, da 2ª Vara do Tribunal do Júri, que destacou a gravidade da conduta, o risco à ordem pública e a repercussão social do caso. Mesmo sendo réu primário e possuindo endereço fixo, ele seguirá preso em sala de Estado Maior ou cela especial no Batalhão de Operações Especiais (BOPE), devido à prerrogativa da profissão. O pedido de substituição da prisão por medidas cautelares foi negado, atendendo ao posicionamento do Ministério Público, que defendeu a manutenção da medida extrema.
✍️ Por Fabiano Azevedo – Site Amazônia Agora