Bocalom reúne prefeitos do Acre para discutir fim dos lixões no interior

Fabiano Azevedo do site Amazônia Agora

Na condição de presidente da Associação dos Municípios do Acre (Amac), o prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom (PL), liderou uma importante reunião na manhã desta segunda-feira (2) com os prefeitos do estado. O encontro ocorreu na sede da entidade e contou com a presença de representantes do Ministério do Desenvolvimento Regional, do Governo do Estado do Acre e do Consórcio Intermunicipal de Resíduos Sólidos (CINRESO).

O principal tema em pauta foi o encerramento dos lixões nos municípios acreanos, uma exigência antiga de órgãos de controle, como o Ministério Público, e um desafio histórico das gestões municipais do estado. Representando o governo federal, participou da reunião o técnico Paulo Toledo, coordenador-geral de apoio aos entes subnacionais do Ministério do Desenvolvimento Regional.

A discussão teve caráter técnico e estratégico. Também estiveram presentes o secretário de Planejamento e Coordenação do Estado, coronel Ricardo Brandão, e o técnico Emerson Leão, do CINRESO, entidade responsável por buscar soluções conjuntas para o manejo adequado de resíduos sólidos nos municípios.

Rio Branco como referência

Dos 22 municípios acreanos, apenas a capital, Rio Branco, possui uma central de tratamento de resíduos. Atualmente, a estrutura da capital vem dando suporte a algumas cidades vizinhas, mas a demanda crescente e a necessidade de descentralização da gestão de resíduos sólidos têm pressionado o poder público por soluções regionais e sustentáveis.

Tião Bocalom destacou que o papel da AMAC, nesse momento, é de articulação:

“É urgente pensarmos em alternativas viáveis para acabar com os lixões no nosso estado. O meio ambiente e a saúde da população não podem mais esperar”, afirmou o prefeito.

Pressão por soluções e prazos

O Ministério Público e demais órgãos de fiscalização têm intensificado a cobrança para que todos os municípios deem destino correto ao lixo e erradiquem os lixões, que geram impacto ambiental, contaminação do solo e riscos à saúde pública. A reunião desta segunda-feira é um passo inicial para definir medidas integradas e captação de recursos federais que possam viabilizar soluções definitivas.

As próximas etapas incluem a elaboração de projetos técnicos, mapeamento das áreas críticas e possível formação de consórcios regionais para gestão compartilhada dos resíduos. Os prefeitos presentes demonstraram preocupação com os prazos e reforçaram a necessidade de apoio financeiro e logístico da União.

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