César Boaventura recorreu, esta segunda-feira, às redes sociais para anunciar que apresentou uma “denúncia formal à Procuradoria-Geral da República (PGR)” contra Matheus Reis, “com base nos artigos 144.º e 147.º do Código Penal, por indícios de crime público de ofensa à integridade física grave”.
Na opinião do empresário, o brasileiro “pisou com os pitões a cabeça de Andrea Belotti, jogador do Benfica”, no triunfo conquistado pelo Sporting, na final da Taça de Portugal, por 1-3, o que perfaz “um ato violento, gratuito, fora da disputa da bola”, assim como “uma gressão clara, e ainda assim não punida em campo”.
“Pior: o próprio clube publicou depois um vídeo nas redes sociais onde se ouvem jogadores a dizer ‘pisar cabeça’, como se fosse piada. Isto não é futebol. É apologia da violência. E, por isso, não fiquei calado”, referiu o agente, que prometeu, ainda, apresentar uma “participação disciplinar à Federação Portuguesa de Futebol (FPF)”.
“Porque a Constituição da República Portuguesa (Art. 52.º) me dá esse direito. Porque a FPF está obrigada a instaurar processos disciplinares sempre que haja indícios públicos de infração (Art. 243.º do seu regulamento). E porque sou cidadão, sou pai, sou adepto, e defendo a integridade física, mesmo quando os outros preferem o silêncio”, referiu.
“Durante anos, fui atacado em nome de uma suposta ‘verdade desportiva’. Espalharam o meu nome em manchetes. Fizeram-me de bode expiatório. Tentaram destruir-me. Mas calma. O recurso está a decorrer. Não há trânsito em julgado. E eu vou até ao fim. Até aos limites da justiça. Com a cabeça erguida. Com coragem. E com a verdade ao meu lado”, completou.
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