Flávia Alessandra
Site Amazônia Agora
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Um levantamento divulgado nesta semana revela um cenário preocupante de empobrecimento em Rio Branco entre os anos de 2020 e 2023. Segundo o Estudo Especial “Classes de Renda no Rio”, elaborado pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico da Prefeitura do Rio de Janeiro, com base em dados da Pnad Contínua Anual do IBGE, as classes A, B e C encolheram, enquanto a população das faixas D/E cresceu mais de 30%.
📉 O levantamento mostra que apenas 1,1% da população da capital acreana está na Classe A, o segundo menor percentual entre as capitais brasileiras — atrás apenas de Porto Velho (0,9%). A queda de 0,4% nessa faixa indica o recuo da concentração de alta renda em Rio Branco.
💰 Quem está na Classe A? São domicílios com renda mensal acima de R$ 25 mil, somando salários, aluguéis, transferências e aplicações financeiras.
🔻 A Classe B (renda entre R$ 8 mil e R$ 25 mil) também encolheu. Em 2023, 13,4% da população fazia parte dessa faixa, colocando Rio Branco entre as últimas do ranking nacional — apenas à frente de Maceió, Recife e Fortaleza. A participação caiu 2,8 pontos percentuais desde 2020.
📉 A Classe C, considerada a classe média (renda entre R$ 3,5 mil e R$ 8 mil), representa 24,6% da população, ocupando o 25º lugar entre as 27 capitais. A retração foi de 10,1%, uma perda significativa que evidencia o desaparecimento da classe média em Rio Branco.
🚨 Por outro lado, a Classe D/E — formada por domicílios com renda de até R$ 3,5 mil mensais — saltou para 60,9% da população. Isso coloca Rio Branco como a segunda capital com maior proporção de pessoas de baixa renda, atrás apenas de Recife (62,5%). A alta foi de 31,1% nos últimos três anos.
📊 O estudo escancara uma concentração crescente da população nas faixas de menor renda, com retração nos estratos superiores da pirâmide social, sinalizando aumento da desigualdade e a fragilidade da mobilidade econômica em Rio Branco.
🔎 Os dados apontam para a urgência de políticas públicas estruturantes que possam combater a pobreza e incentivar o desenvolvimento econômico e social sustentável na capital acreana.