O clima é de forte comoção na funerária do bairro Cachoeirinha, Zona Sul de Manaus, onde familiares, amigos, colegas de profissão e ex-alunos se reúnem para prestar as últimas homenagens ao psicólogo e professor universitário Manoel Guedes Brandão, de 40 anos. Ele foi encontrado morto na manhã desta segunda-feira (21), em um terreno localizado nos fundos do antigo prédio da penitenciária Raimundo Vidal Pessoa, no Centro da capital.

Conhecido por sua dedicação à saúde mental e à educação, Manoel atuava como psicólogo e também como professor em uma universidade da cidade. Sua morte violenta pegou a todos de surpresa e causou indignação entre os que conviveram com ele. O corpo foi encontrado em uma área abandonada, que há anos acumula histórias de violência e descaso.
Durante o velório, o sentimento de luto se mistura ao pedido por justiça. Amigos, familiares e colegas reforçam a necessidade de que o caso não caia no esquecimento e que as autoridades mantenham os suspeitos presos. Até o momento, duas pessoas foram detidas. Entre elas, Adenilson Medeiros, conhecido como “Bisteca”, que teria confessado envolvimento no crime.
“Ele era um homem do bem, alguém que sempre estendeu a mão para quem precisava, seja como amigo, professor ou psicólogo. É revoltante imaginar que a vida dele tenha sido interrompida de forma tão cruel”, lamentou Júlia Gonçalves, amiga da vítima.
A morte de Manoel Guedes repercutiu fortemente nas redes sociais e mobilizou a comunidade acadêmica e profissionais da saúde mental em Manaus. Muitos destacaram a contradição dolorosa: um psicólogo, que dedicou a vida a cuidar da dor alheia, foi vítima de tamanha brutalidade.
Durante a despedida, o espaço da funerária ficou lotado. O velório, marcado por lágrimas e homenagens, também foi espaço para protestos silenciosos. Os familiares pedem que a Justiça mantenha os suspeitos presos e que o caso siga sendo tratado com a seriedade necessária.
“Estamos aqui para dizer adeus, mas também para cobrar respostas. O Manoel não merecia isso. Que a morte dele não termine apenas em mais uma estatística”, reforçou um amigo próximo.
O caso segue sendo investigado. Enquanto isso, amigos e familiares se agarram à memória do psicólogo e à esperança de que a Justiça não falhe.
Foto: Tarcísio Heden
Fonte: Imediatoonline.com