Deputados criticam demissão de 200 servidores da saúde no Acre e pedem transição mais humana

Por Redação do site Amazônia Agora

Durante reunião realizada na manhã desta terça-feira (15), na sala de comissões da Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), os deputados estaduais Michelle Melo (PDT) e Adailton Cruz (PSB) demonstraram preocupação com o encerramento dos contratos de aproximadamente 200 servidores da saúde, contratados em caráter emergencial durante a pandemia da Covid-19.

Os parlamentares destacaram que os profissionais estão sendo desligados de forma abrupta para dar lugar aos novos servidores efetivos aprovados em concurso público, mas defenderam a necessidade de uma transição planejada para evitar prejuízos tanto aos trabalhadores quanto à população.

A deputada Michelle Melo afirmou reconhecer o direito dos concursados de assumirem seus cargos, mas criticou a forma como o processo está sendo conduzido. “A descontinuidade abrupta, sem plano de transição, substituição ou dimensionamento das equipes dos setores mais essenciais, fere os princípios de eficiência e da continuidade do serviço público, como preconiza o SUS. Estamos tratando de profissionais que trabalharam dia e noite salvando vidas. É preciso sensibilidade e responsabilidade nesse momento”, destacou.

O deputado Adailton Cruz também criticou a postura do governo, afirmando que o Estado não está demonstrando respeito com os profissionais e nem com a população que depende da assistência médica. Ele propôs uma solução conjunta e pediu um prazo até o fim de julho para garantir uma transição adequada.

“Nós estamos aqui para pactuar uma data, e, para mim, essa data deve ser até 30 de julho. Acredito na viabilidade econômica, e por isso proponho uma consulta ao Tribunal de Contas, ao Ministério Público, à Sesacre, para que possamos construir juntos uma saída justa para todos. Assim, todo mundo recebe e tem tempo para se preparar”, defendeu o parlamentar.

Os deputados reforçaram a necessidade de diálogo entre os poderes e os órgãos de controle para encontrar uma alternativa que preserve os direitos dos profissionais e assegure a continuidade dos serviços de saúde no estado.

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