Estado enfrenta aumento de casos de covid-19 e influenza; necessidade urgente de imunização ganha destaque.
Uma nova variante do SARS-CoV-2, denominada JN.1, continua sua circulação prevalente em diversos países, incluindo Índia, China e Estados Unidos, conforme revelou um relatório recente dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC). O que causa preocupação é a detecção da variante no Brasil, inclusive em indivíduos sem histórico de viagem internacional, com casos registrados no estado do Acre.
Embora não haja evidências de que a variante cause doenças graves, a rápida disseminação exige uma abordagem proativa das autoridades de saúde. No Acre, o governo do Estado, por meio da Secretaria de Saúde, está centrando esforços na importância da imunização como uma ferramenta crucial de prevenção.
A secretária adjunta de Atenção à Saúde da Sesacre, Ana Cristina Moraes, alerta para a preocupante baixa cobertura vacinal, especialmente entre as crianças. “Cerca de 70% das crianças não estão recebendo as vacinas necessárias”, ressalta Moraes, destacando que essa lacuna na imunização aumenta a vulnerabilidade em relação às síndromes respiratórias.
Diante do aumento nos casos de covid-19 e internações no estado desde novembro, a Secretaria de Saúde intensificou os atendimentos nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e unidades sentinelas. No entanto, destaca-se que pacientes com agravamentos nos sintomas muitas vezes não completaram seus esquemas vacinais, evidenciando a necessidade urgente de incentivar a imunização.
A vacina Influenza trivalente, disponibilizada gratuitamente nas unidades de saúde, emerge como uma peça-chave no combate à gripe sazonal. Atualizada anualmente conforme as cepas mais circulantes, a vacina deste ano, produzida pelo Instituto Butantan e seguindo orientações da Organização Mundial da Saúde (OMS), inclui cepas do vírus influenza A (H1N1 e H3N2) e uma cepa do tipo B (linhagem Victoria).
O Programa Nacional de Imunizações (PNI) destaca a importância da vacinação, priorizando populações mais vulneráveis. Crianças de 6 meses até 5 anos, idosos, pessoas com comorbidades, imunocomprometidos, indígenas, ribeirinhos, quilombolas, pessoas em situação de rua e profissionais da saúde são considerados grupos prioritários. Além de proteger os indivíduos, a vacinação desses grupos contribui para a redução da circulação dos vírus na comunidade, fortalecendo a resposta coletiva diante dos desafios da saúde pública.