Por Fabiano Azevedo do Site Amazônia Agora
Neste 1º de maio, Dia do Trabalhador, a pergunta que ecoa entre muitos brasileiros é: o que realmente temos a comemorar? A data, que deveria celebrar conquistas trabalhistas e avanços sociais, é marcada por um cenário de desânimo e luta constante por direitos básicos.
Com salários defasados frente à inflação, muitos trabalhadores enfrentam dificuldades para manter as contas em dia. O custo de vida aumenta, os preços nos supermercados não param de subir e, mesmo com reajustes pontuais no salário mínimo, o poder de compra continua encolhendo.
Além disso, o ambiente de trabalho tem se tornado cada vez mais estressante. Jornadas longas, metas abusivas, insegurança no emprego e adoecimento mental são parte da rotina de milhões. Dados recentes mostram o aumento alarmante dos casos de burnout, depressão e ansiedade entre os trabalhadores.
Os impostos altos também pesam no bolso: enquanto quem ganha menos paga proporcionalmente mais sobre o que consome, os mais ricos seguem beneficiados por isenções e brechas no sistema tributário.
A precarização das relações de trabalho, com a expansão da informalidade, dos contratos temporários e da falta de garantias, expõe ainda mais a fragilidade de quem depende do emprego para sobreviver.
Neste Dia do Trabalhador, mais do que festa, o momento é de reflexão e reivindicação. É preciso lembrar que os direitos que hoje resistem foram conquistados com luta – e que manter e ampliar esses direitos depende de organização, voz ativa e, sobretudo, respeito à dignidade de quem faz o país funcionar todos os dias.