Gladson Cameli confirma pré-candidatura ao Senado, mas condiciona decisão à situação econômica do Acre

📍Reportagem de Fabiano Azevedo para o site Amazônia Agora

Durante a quinta noite da 50ª edição da Expoacre, realizada nesta quarta-feira (30), no Parque de Exposições Wildy Viana, o governador do Acre, Gladson Cameli (Progressistas), afirmou em entrevista a um site local que é pré-candidato ao Senado Federal nas eleições de 2026, mas ressaltou que sua decisão final dependerá da estabilidade econômica do Estado.

Sou pré-candidato, sim. Não vou subestimar a inteligência de ninguém criando expectativas. Agora, se a economia fracassar, o cenário muda. A política é curva”, declarou o governador.

🤝 União da base para evitar rachas em 2026

Com tom conciliador, Gladson defendeu a união de sua base política e disse estar trabalhando para evitar disputas internas que possam comprometer o projeto de continuidade da direita no governo. Ele mencionou os nomes do prefeito Tião Bocalom, da vice-governadora Mailza Assis e do presidente da Assembleia Legislativa, Nicolau Júnior, como peças importantes do tabuleiro político.

Tem que estar todo mundo no mesmo barco. Eu acredito que sim. É um governo de continuidade, de direita. A esquerda já comprovou que tem capacidade de governar por X anos”, comentou.

🔄 Transição natural: “Não vão me culpar”

Gladson explicou que, caso renuncie ao cargo de governador até o prazo limite de 4 de abril, pretende deixar um caminho claro para que a base decida de forma conjunta o nome que seguirá o projeto. Ele rechaçou qualquer narrativa de que sua saída possa ser a responsável por eventual derrota eleitoral.

“Vamos por uma lógica natural. E se eu ficar no governo? Se a economia fracassar? A verdade é que todo mundo está antecipando fatos da eleição, mas eu tenho que ser realista”, ponderou.

💰 Obras travadas e confiança na equipe

O governador também descartou qualquer mudança no primeiro escalão em caso de saída do cargo e eventual posse de Mailza Assis. Gladson reforçou que o governo é de ambos e que mudanças por pressão política não funcionam.

“Quem me elegeu, elegeu ela. E o que está dando certo, não se mexe. Já conversei isso com ela”, afirmou, completando que há obras paradas há mais de um ano por conta da burocracia, mesmo com recursos garantidos em conta.

“O prejuízo para nós não é a falta de recurso, é a burocracia, que é muito grande”, desabafou.

Gladson Cameli encerrou destacando que só deve sair do governo se tiver plena convicção de que o Estado seguirá com equilíbrio fiscal e continuidade administrativa. “Tem muita água pra passar debaixo da ponte ainda”, finalizou.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *