Imóveis têm recorde de lançamentos no 1º semestre, mas estoque encolhe e vendas se estabilizam

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O mercado imobiliário brasileiro bateu recorde de lançamentos no primeiro semestre de 2025.
Segundo a pesquisa Indicadores Imobiliários Nacionais, da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), houve um aumento de 6,8% em relação ao mesmo período de 2024, alcançando 186,5 mil unidades — o melhor resultado desde o início da série em 2006.
Enquanto isso, as vendas no período subiram 9,6% quando comparado com o mesmo período do ano passado, totalizando 206.903 unidades. Foram movimentados R$ 123 bilhões no período. Já as ofertas recuaram 4,1% na mesma base de comparação.
No entanto, no 2º trimestre de 2025 houve queda nos lançamentos de 6,8% em relação com o mesmo período de 2024, totalizando 93.319 unidades. Na comparação trimestral, o avanço foi de 0,1% frente aos três primeiros meses deste ano.
Já a oferta final recuou 4,1% em relação ao mesmo trimestre de 2024 e 3,4% frente ao primeiro trimestre de 2025, somando 290.086 unidades em junho.
Ao todo, foram comercializados 102,9 mil imóveis entre abril e junho, movimentando R$ 68 bilhões no setor.
Estabilidade no mercado imobiliário
A pesquisa aponta uma inversão na participação entre o “Minha Casa, Minha Vida” (MCMV) e os demais padrões de imóveis lançados.
A fatia do MCMV caiu de 53% para 47% do total entre o primeiro e o segundo trimestre de 2025.
Apesar disso, as vendas bateram recorde no acumulado de 12 meses, com 423 mil unidades negociadas entre julho de 2024 e junho de 2025. Os dados indicam um mercado consumidor mais aquecido do que o ofertante no período.
Com as vendas superando os lançamentos, a oferta final de imóveis novos recuou 4,1% entre junho de 2024 e junho de 2025, totalizando 290 mil unidades. Esse volume corresponde à menor taxa de escoamento já registrada no indicador nacional.
O volume atual de vendas e sem novos lançamentos, o estoque disponível se esgotaria em cerca de oito meses.
Esse cenário indica espaço para aumento dos lançamentos, que no momento dependem de juros mais baixos para atender à demanda do consumidor.
Cerimônia de entrega de Unidades Habitacionais do Minha Casa, Minha Vida em Fortaleza.
Ricardo Stuckert/PR
*Matéria em atualização