Em julho, 15.155 empresas no Acre foram negativadas, com 14.145 delas sendo micro e pequenas. A taxa de inadimplência no estado representa 34,5% do total de empresas, o 10º maior índice do Brasil nesse período, conforme dados da Serasa Experian.
Em todo o país, a inadimplência empresarial se manteve estável, com 6,9 milhões de CNPJs em situação irregular, de acordo com o Indicador de Inadimplência da Serasa Experian. Esse número corresponde a 30,8% das empresas brasileiras e mostra uma ligeira queda de 0,4 ponto percentual em relação a junho. Um gráfico com dados dos últimos 12 meses está disponível.
Em julho, cada CNPJ inadimplente tinha, em média, 7 dívidas, totalizando cerca de R$ 147,1 bilhões em dívidas registradas.
A interrupção na queda das taxas de juros, que havia se mantido estável, pode estar contribuindo para a alta inadimplência, especialmente em dívidas de longo prazo. Empresas endividadas enfrentam riscos maiores, e o aumento das taxas pode resultar em pagamentos mais altos, dificultando a gestão financeira. A dificuldade de refinanciar ou renegociar essas dívidas pode levar à insolvência.
Além disso, a valorização do dólar impõe uma pressão adicional sobre importadores de insumos, já que a alta do dólar encarece as importações, reduzindo as margens de lucro e complicando a liquidez para cumprir obrigações financeiras.
No que diz respeito ao setor, “Serviços” representou a maior parte das empresas negativadas (55,9%), seguido por “Comércio” (35,6%), “Indústrias” (7,3%), “Primário” (0,8%) e “Outros” (0,3%), que inclui o setor financeiro e o terceiro setor. Em relação às dívidas, a categoria “Outros” também teve a maior participação (28,9%), seguida por “Serviços” (28,8%).
Ainda em julho, a análise por estado revelou que Alagoas teve a maior taxa de inadimplência empresarial do país, com 42,4% das empresas negativadas. Maranhão ficou em segundo lugar (40,0%), seguido por Roraima (38,0%), Amapá (37,4%) e Distrito Federal (37,1%).