A anciã Djidjuke Karajá, da aldeia Hãwalo, em Santa Isabel do Morro, na Ilha do Bananal, morreu aos 100 anos. Ela ficou conhecida por ser uma das mulheres indígenas que estampou uma edição limitada de notas de 1.000 cruzeiros, impressas em 1990. Na época da homenagem, a anciã posou na cédula ao lado de Koixaru Karajá.
A anciã indígena morreu no dia 11 de agosto e a causa da morte não foi informada. Uma parente de Djidjuke, que preferiu não se identificar, contou que na época do nascimento dela, em 1925, a família fez um ritual que a tornou pajé ainda criança.
“Ela não se tornou pajé adulta. Já nasceu, já veio pajé, desde pequenininha. Então era muito raro na época dela, uma mulher ser pajé porque na nossa cultura, mulheres são mais pra dentro de casa. Era bem forte antigamente, agora que a gente está se soltando mais. Então, ela foi uma das bem raras de ser pajé desde criança”, explicou.
Djiduke estampou o verso da cédula de Cr$ 1.000,00, que esteve em circulação de 31 de maio de 1990 a 15 de setembro de 1994. Ela aparece ao lado de Koixaru Karajá.