A juíza Isabelle Sacramento Torturela, da 1ª Vara Criminal da Comarca de Rio Branco, decidiu se afastar do processo que investiga a participação das influenciadoras Jéssica Ingrede e Juh Vellegas na promoção de plataformas e rifas ilegais, no âmbito da Operação Jackpot.
Essa decisão foi a última atualização do processo e ocorreu em 29 de agosto. Na sua decisão, a juíza afirmou: “Averbo-me suspeita para atuar no presente feito, por motivo de foro íntimo. Assim sendo, determino a remessa dos presentes autos ao meu substituto legal.”
Quando um juiz se declara suspeito por motivo de foro íntimo, ele transfere o caso para seu substituto, sem a necessidade de apresentar provas. O juiz pode alegar suspeição por razões pessoais que não deseja revelar. A suspeição ocorre quando a imparcialidade do juiz é questionada devido a laços pessoais ou posicionamentos que possam influenciar o julgamento, como amizade ou inimizade com alguma das partes envolvidas.
**Entenda o caso**
As influenciadoras Jéssica Ingrede e Juh Vellegas enfrentam acusações de envolvimento na promoção de plataformas e rifas ilegais. Na última atualização do processo, o Ministério Público do Acre (MPAC), representado pelo promotor Fernando Régis Cembranel, da 15ª Promotoria de Justiça Criminal de Rio Branco, se posicionou contra o pedido das influenciadoras para que fosse declarada a nulidade da busca e apreensão e a devolução dos bens confiscados durante a Operação Jackpot. Ingrede e Vellegas alegaram que não havia evidências concretas que indicassem a prática do delito e criticaram a busca e apreensão, considerando-a uma “fishing expedition” – uma busca especulativa por provas sem uma causa provável.