Durante agenda institucional no Rio de Janeiro, nesta segunda-feira (14), a vice-governadora do Acre, Mailza Assis, se reuniu com Márcia Wu, vice-presidente da Câmara de Comércio de Zhejiang Brasil-China e secretária-geral da Câmara de Intercâmbio Cultural Brasil-China. O encontro aconteceu na sede da Superintendência do Ministério da Agricultura (MAPA) e teve como objetivo principal fortalecer os laços institucionais e diplomáticos, promovendo o Acre como rota estratégica para o comércio internacional.
Um dos pontos centrais da reunião foi a Zona de Processamento de Exportação do Acre (ZPE-AC), localizada em Senador Guiomard, que oferece regime aduaneiro especial, isenção de impostos para exportações e estrutura para instalação de indústrias.
“O Acre tem uma posição estratégica única no país. Isso nos coloca em destaque como elo entre o Brasil e os mercados do Peru, Bolívia e, principalmente, da Ásia”, destacou Mailza Assis.
A ZPE já conta com 117 lotes regularizados e está em fase final de implantação do sistema tecnológico alfandegário, com previsão de funcionamento até novembro deste ano.
No encontro, também foi debatida a integração bioceânica, impulsionada pela inauguração do Porto de Chancay, no Peru, que está sendo considerado uma nova porta de entrada comercial para a China e outros países asiáticos.
Segundo Lauro Santos, diretor administrativo da ZPE-AC, a nova rota pode gerar uma economia de até 15 dias no frete marítimo, o que representa um salto logístico na exportação brasileira.
Além disso, Mailza convidou Márcia Wu para visitar o Acre durante a Expoacre 2025, que ocorrerá de 26 de julho a 3 de agosto, e propôs a realização de um seminário no Rio de Janeiro para apresentar o estado como rota estratégica para investimentos internacionais.
Vale lembrar que, no último dia 7 de julho, Brasil e China assinaram um acordo de cooperação para viabilizar estudos da ferrovia transcontinental, que deverá ligar o Porto de Ilhéus (BA) ao Porto de Chancay (PE), passando por Goiás, Mato Grosso, Rondônia e Acre, reforçando ainda mais o papel do estado no cenário global.
✍️ Fabiano Azevedo – Site Amazônia Agora