Os médicos da rede pública de saúde do Acre entraram em greve nesta quarta-feira (31). A categoria pede pagamentos adicionais, melhores condições de trabalho, entre outros itens para retornar às funções.
Em nota, o governo do Acre disse que tem compromisso com a transparência nos debates salariais com todos os trabalhadores da área e que segue aberto a negociação com a classe. (Veja o posicionamento completo no final do texto).
Apenas os serviços das unidades de pronto atendimento (UPAs) e nos hospitais de urgência e emergência serão mantidos durante a paralisação, segundo o Sindicato dos Médicos do Acre (Sindmed-AC).
Já os plantões extras também serão suspensos em todo o estado. De acordo com o sindicato, os profissionais que não cumprirem a determinação da classe podem ser acusados de infração ética.
“Não se trata de um ato por aumento salarial. Os médicos exigem apenas o pagamento dos valores devidos pelo governo. Parece que voltamos àquela velha época em que o estado atrasava salários, por isso não vamos recuar”, disse o presidente do Sindmed, Guilherme Pulici, em nota enviada pelo sindicato.
Os médicos pedem ainda uma contraproposta do governo para o Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração (PCCR).
O Sindicato alega ainda que desde 2022 tem registrado queixas sobre ‘cortes sucessivos de gratificações’ e tentativas frustradas de negociação para a retomada dos pagamentos.
O que diz o governo?
Em nota assinada pelo secretário de Saúde, Pedro Pascoal, o governo afirma ter contratado a Fundação Dom Cabral (FDC) para revisar e reformular o PCCR, a publicação do relatório final, porém, foi adiada por causa das enchentes que ocorreram no estado e aumento nos casos de dengue.
O governo afirma ainda que a proposta será encaminhada à Assembleia Legislativa assim que possível com ajuste de eventuais verbas em atraso.
“O prazo para publicação do relatório final foi extrapolado, mas deixamos nítida a boa-fé e disponibilidade por parte deste órgão governamental, para o esclarecimento de dúvidas quando questionados pelos sindicatos, e sobre o andamento das propostas encaminhadas, como explanado em reuniões solicitadas pelos entes sindicais, para encaminhamento de uma nova rodada de propostas com a FDC”, afirma parte da nota.