Os residentes do bairro Habitasa, em Rio Branco, estão enfrentando dificuldades com os altos preços cobrados pelo transporte particular de móveis durante a cheia do rio Acre. Segundo relatos obtidos pelo ac24horas, os valores chegam a alcançar até R$ 1 mil.
Maria Carvalho, moradora do bairro há mais de 40 anos, compartilhou sua preocupação, mencionando que proprietários de caminhões particulares estão exigindo valores que variam de R$ 400 a R$ 1000 para transportar móveis da área alagada para outros bairros. “O cara chega, dá o preço e a pessoa tem que pagar para não perder as coisas. Se for esperar pela ajuda dos Bombeiros, da Defesa Civil, demora muito, com o aperto a pessoa acaba pagando. Ontem mesmo a vizinha teve que pagar mil reais”, explicou.
Tomé, cabeleireiro com um salão na rua Venezuela, na Habitasa, também expressou sua preocupação, destacando que alguns motoristas se aproveitam da situação de desespero dos moradores alagados. “Alguns cobram preço normal, outros infelizmente se aproveitam da situação. É a lei da oferta e da demanda”, disse.
A situação é agravada pela dificuldade enfrentada pelas equipes de resgate, incluindo cerca de 15 equipes do Corpo de Bombeiros, secretarias municipais e Defesa Civil, que têm lutado para atender à alta demanda de retirada de bens das residências. Com o rio Acre continuando a subir e afetando mais de 40 bairros, o coordenador da Defesa Civil de Rio Branco, tenente-coronel Cláudio Falcão, fez um apelo no domingo, 25, para que proprietários de caminhões, barcos e motores coloquem seus bens à disposição das equipes de resgate.
A situação ilustra não apenas os desafios enfrentados pelos moradores de Habitasa, mas também a necessidade urgente de solidariedade e cooperação comunitária em tempos de crise como essa.