Com 270 corpos recuperados até este domingo (15/6), o acidente com o Boeing 787 Dreamliner da Air India já é o maior desastre aéreo dos últimos dez anos em número de vítimas fatais.
A aeronave com destino a Londres caiu em uma área residencial logo após a decolagem, matando todos, exceto um dos 242 passageiros e tripulantes, um britânico de 40 anos.
As autoridades ainda tentam determinar quantas pessoas morreram em solo e o lento processo de comparação de amostras de DNA continua para confirmar as identidades das vítimas.
Na sexta-feira, uma caixa-preta foi encontrada no local do acidente, o que o ministro da aviação civil da Índia, Ram Mohan Naidu Kinjarapu, disse que “ajudaria significativamente na investigação” do desastre.
O número de vítimas confirmadas até agora já supera as 179 que morreram em dezembro do ano passado na queda do voo 2216 da Jeju Air, na Coreia do Sul, acidente aéreo mais mortal da história do país asiático.
Também ultrapassa as 257 vítimas de acidente com um avião militar na Argélia, em abril de 2018, até então, o desastre mais letal da última década.
O último grande acidente envolvendo a Air India havia sido em 2020, quando um avião de passageiros da Air India Express, uma subsidiária, derrapou e se partiu ao meio em uma pista encharcada pela chuva, matando 17 pessoas.
Uma década antes, em 2010, um avião da Air India Express ultrapassou a pista de uma colina em Mangalore, no estado indiano de Karnataka, matando 158 pessoas.
O acidente mais mortal envolvendo uma companhia aérea indiana ocorreu em novembro de 1996, quando 350 passageiros morreram numa colisão aérea frontal entre um avião da Saudi Arabian Airlines e um avião da Kazakhstan Airlines sobre a cidade de Charkhi Dadri, no Estado de Haryana, ao norte da Índia.
Dois dos maiores desastres aéreos nos últimos 20 anos ocorreram no Brasil.
Em 2006, um Boeing 737 da Gol caiu na Floresta Amazônica, matando 154 pessoas.
Em 2007, no pior desastre aéreo já registrado no território brasileiro, uma aeronave da TAM atravessou a pista no aeroporto de Congonhas, em São Paulo, e pegou fogo após se chocar com um posto de gasolina, matando 199 pessoas.
Um terceiro, em 2009, envolveu um Airbus da Air France que fazia a rota Rio-Paris e caiu no Oceano Atlântico, com 228 pessoas a bordo – a aeronave caiu já em águas internacionais.
Mais recentemente, o Brasil teve outros acidentes aéreos de grande repercussão, mas com menor número de vítimas.
Entre eles, a queda do voo 2283 da Voepass em Vinhedo (SP), que deixou 58 mortos em agosto de 2024, e o desastre envolvendo o avião da Chapecoense na Colômbia em 2016, com 71 vítimas fatais.