O nível do Rio Acre ultrapassou a cota de transbordamento e, na manhã desta segunda-feira (10), alcançou 14,13 metros, registrando um aumento de 7 centímetros em relação à medição anterior. Diante desse cenário, a prefeitura afirma estar preparada para enfrentar mais uma enchente, fenômeno que tem se repetido nos últimos anos.
Atualmente, cerca de 300 famílias já foram impactadas, com 10 bairros atingidos, entre eles Base, Airton Sena, Habitasa, Cadeia Velha e Seis de Agosto.
A administração municipal destaca que esta é a quarta enchente enfrentada pela gestão, incluindo a de 2023, considerada a mais severa já registrada. Com experiência no atendimento às vítimas, as ações contam com o apoio de órgãos estaduais e equipes de resgate. A expectativa é que a situação seja controlada da melhor forma possível, minimizando os danos à população.
Para solucionar o problema de forma definitiva, a prefeitura defende a implementação de projetos habitacionais que permitam a realocação de moradores de áreas de risco. Mais de 2 mil unidades habitacionais estariam previstas para famílias que vivem em regiões vulneráveis, situadas entre as cotas de 14 e 15 metros.
O monitoramento climático aponta que o nível do rio pode apresentar uma breve redução, mas a tendência é de nova elevação a partir do dia 17 de março. Diante dessa possibilidade, equipes seguem mobilizadas para remoção de famílias e construção de abrigos.
Atualmente, 30 indígenas que residiam em áreas ribeirinhas já foram realocados para a Escola Madre Hidelbranda, no bairro 15, enquanto outras 15 famílias solicitaram auxílio para deixar suas casas. A resistência de alguns moradores em evacuar suas residências, seja por subestimar a cheia ou por receio de furtos, tem sido um dos desafios enfrentados pelas equipes de resgate. Contudo, a remoção se torna inevitável quando a água invade as moradias, exigindo uma resposta imediata para garantir a segurança da população.