Da Redação do Site Amazônia Agora
Nesta quarta-feira, 17, a Polícia Federal deflagrou a Operação Moraliza, desvendando um intricado esquema de corrupção, peculato e lavagem de dinheiro que envolve servidores da Prefeitura Municipal de Cruzeiro do Sul, além de pessoas físicas e jurídicas. As investigações revelam a prática de desvios de combustíveis e a celebração de falsos contratos de locação de veículos.
Os indícios desse esquema criminoso emergiram como resultado das diligências após a Operação Maverick, que inicialmente focava em desvios de combustíveis praticados por servidores da prefeitura local. Contudo, a Polícia Federal identificou que o desvio de combustível não era a única atividade ilícita do grupo investigado.
O uso irregular de diversos veículos alugados pela prefeitura foi constatado, sendo esses automóveis utilizados tanto para desvio de grandes quantidades de combustível quanto para fins particulares, causando consideráveis prejuízos aos cofres públicos. A Operação Moraliza mobilizou aproximadamente 50 policiais federais, os quais cumpriram 13 mandados de busca e apreensão, todos no município de Cruzeiro do Sul.
Os investigados, caso condenados, poderão responder por crimes de peculato, corrupção, lavagem de dinheiro, e também por lavagem de capitais. Durante a operação, documentos e evidências foram recolhidos visando fortalecer a investigação em curso.
A Prefeitura de Cruzeiro do Sul, questionada pelo ac24horas, manifestou-se através de sua assessoria de comunicação, negando a presença da Polícia Federal nas residências de secretários municipais. A administração municipal reforçou seu compromisso com a transparência e afirmou que todas as informações solicitadas estão disponíveis no sistema do Tribunal de Contas do Estado (TCE). Além disso, garantiram total colaboração com as investigações, reiterando a disposição da prefeitura em cooperar com os órgãos de controle.