Pedro Longo defende agricultura e confirma candidatura à Câmara Federal em 2026

Durante a 50ª edição da Expoacre, o vice-presidente da Assembleia Legislativa do Acre, deputado Pedro Longo (PDT), destacou a importância da produção rural como alternativa econômica para o estado e criticou excessos em embargos ambientais que afetam pequenos produtores.

Segundo o parlamentar, é preciso reduzir a dependência do setor público e incentivar atividades produtivas como a agricultura, pecuária e turismo. “O Acre precisa deixar de ser uma economia baseada apenas no contracheque. Temos terras férteis e uma população que quer trabalhar”, afirmou.

Embargos em Feijó preocupam

Pedro Longo também criticou ações do ICMBio na Reserva Extrativista Chico Mendes, classificando algumas operações como truculentas. “Queremos mostrar que é possível produzir com responsabilidade ambiental, mas é preciso incentivo real, não só discurso”, disse.

O parlamentar alertou que apenas em Feijó há cerca de 700 propriedades embargadas, o que pode comprometer toda a cadeia produtiva com a chegada do rastreio obrigatório do gado até 2027. “Se o produtor não estiver regular, não vai poder vender nem os bezerros. Imagine o impacto disso”, alertou.

Soluções e propostas

Longo defendeu o uso dos instrumentos do Código Florestal e avanços na regularização fundiária. Ele também sugeriu a ampliação da anistia para pequenos produtores e apontou que, com 65% do território sob preservação, o Acre pode permitir exploração de até 50% da reserva legal em áreas privadas — contra os atuais 20%.

“O que foi feito até 2008 já foi anistiado. Agora queremos ampliar isso. E esse ajuste na reserva legal pode fazer muita diferença na vida das pessoas que vivem da terra”, pontuou.

Candidatura à Câmara Federal

Pedro Longo confirmou que será candidato a deputado federal nas eleições de 2026. “Já tomamos essa decisão em conjunto com a equipe. Talvez eu seja o único da Assembleia que já confirmou isso. Estamos construindo esse caminho.”

Com formação jurídica e experiência de décadas no Poder Judiciário, Longo destacou que a maior parte das leis que impactam a vida da população são definidas em Brasília. “Quero levar para o Congresso esse conhecimento jurídico e, principalmente, a experiência prática adquirida nos dois mandatos na Aleac e nas visitas aos municípios, inclusive os mais isolados”, concluiu.

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