Na manhã desta quarta-feira (14), a Polícia Civil prendeu 14 pessoas durante a segunda fase da Operação Elo Quebrado, conduzida pelo Núcleo Especializado de Investigação Criminal (Neic) em Cruzeiro do Sul, Acre.
A operação investiga a rede criminosa responsável pelo envio de drogas e aparelhos telefônicos para o Presídio Manoel Neri da Silva. A investigação revelou que o grupo, que agia de forma coordenada, visava não apenas a comercialização de entorpecentes, mas também a introdução de celulares na unidade prisional, permitindo que os detentos cometessem crimes fora do presídio.
O delegado Heverton Carvalho informou que entre os presos estão parentes de detentos e membros de outras organizações criminosas, além de um policial penal que auxiliava na entrada dos itens ilícitos. Este policial já foi afastado de suas funções.
“A segunda fase da Operação Elo Quebrado é um desdobramento da primeira fase, que resultou na apreensão de materiais ilícitos e na identificação de indivíduos envolvidos, incluindo um policial penal. O servidor já não faz mais parte do quadro da penitenciária. A operação revelou que a organização criminosa estava usando visitas, como mães e esposas de presos, para contrabandear drogas e celulares para dentro da unidade”, explicou o delegado. A primeira fase da operação, que ocorreu em 2023, resultou na apreensão de 13 celulares no presídio, ajudando a identificar o envolvimento do policial penal.
Uma das detidas foi flagrada enquanto preparava drogas para tentar entrar no presídio. Desde 4 de agosto, as visitas estão suspensas após uma tentativa de fuga ter sido detectada por policiais penais. A operação também foi realizada logo após um princípio de rebelião na unidade.
Os presos responderão por organização criminosa, tráfico de entorpecentes, introdução de aparelhos em unidades prisionais, e corrupção ativa e passiva.
“A operação visa desmantelar a rede criminosa que atua dentro e fora do presídio. Conseguimos prender uma mulher em flagrante enquanto tentava contrabandear drogas para a unidade. Esse tipo de ação revela a coordenação entre os envolvidos, permitindo que os detentos dariam ordens para cometer crimes na cidade de Cruzeiro do Sul”, concluiu Carvalho.