Após três dias de céu aberto com o azul entre as nuvens, o Acre volta a enfrentar uma grave piora na qualidade do ar. Na manhã desta quinta-feira (3), a plataforma IQAir, que monitora os níveis de poluição atmosférica, apontou Rio Branco como a cidade mais poluída do Brasil, com o índice de 160,9 µg/m³ (microgramas de poluentes por metro cúbico). A concentração de poluentes coloca o ar da capital acreana na classificação “muito insalubre”, trazendo sérios riscos à saúde da população.
Além de Rio Branco, outras cidades do estado também enfrentam a deterioração da qualidade do ar. Em Xapuri, o índice é de 90,5 µg/m³, classificado como “insalubre”. Já em Cruzeiro do Sul, a medição foi de 5,2 µg/m³, e em Feijó, de 41,1 µg/m³, ambos considerados “insalubres para grupos sensíveis”.
Manoel Urbano e Tarauacá apresentaram uma situação um pouco menos crítica. Manoel Urbano registrou 17,6 µg/m³, considerado “moderado”, enquanto Tarauacá, com 9,4 µg/m³, ainda está em níveis mais aceitáveis.
Esses dados, atualizados às 7h de hoje, refletem a complexidade e dinâmica da poluição atmosférica na região, que pode sofrer variações ao longo do dia. A alta concentração de poluentes no ar no Acre vem preocupando especialistas, que alertam para os impactos na saúde pública, especialmente em um cenário em que queimadas e outras fontes de poluição seguem elevadas.
Impactos à saúde
O ar classificado como “muito insalubre” em Rio Branco pode agravar problemas respiratórios, principalmente em crianças, idosos e pessoas com doenças pré-existentes, como asma e bronquite. Em Xapuri, a classificação “insalubre” também representa riscos sérios, exigindo atenção redobrada para evitar exposição prolongada.
Especialistas recomendam o uso de máscaras adequadas, evitar atividades ao ar livre em horários de maior poluição e manter os ambientes fechados, utilizando umidificadores de ar para amenizar os efeitos da baixa qualidade do ar.
Expectativa para os próximos dias
A previsão do tempo e as condições ambientais nos próximos dias podem influenciar na dispersão ou concentração dos poluentes. As informações devem ser acompanhadas em tempo real, uma vez que a poluição pode variar de forma significativa, conforme dados mais recentes da plataforma IQAir.