Especialistas alertam que a fumaça das queimadas na Amazônia Legal em 2024 já está afetando 10 estados e deve persistir até o fim de semana, conforme reportagem do site Metrópoles.
Desde janeiro, a região registrou mais de 64 mil focos de incêndio, o maior número desde 2008, e a situação pode piorar, uma vez que os dados são atualizados mensalmente e agosto ainda não acabou. A publicação ressalta que a fumaça está se espalhando por milhares de quilômetros.
A fumaça das queimadas na Amazônia se combina com a proveniente do Pantanal, dos incêndios no Parque Guajará-Mirim em Rondônia e da Bolívia, formando um “corredor de fumaça”.
Atualmente, a fumaça é detectada nos seguintes estados: Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Acre, Rondônia, Oeste do Paraná, partes de Minas Gerais, trechos de São Paulo e Amazonas.
A expectativa é que a quantidade de fumaça aumente com a chegada de uma frente fria no fim de semana.
O aumento dos incêndios se deve, em parte, à intensidade do fogo, com mais de 22 mil focos registrados na Amazônia Legal apenas em agosto, comparado a 12 mil no mesmo mês do ano passado, segundo o Inpe.
A seca, que geralmente ocorre de agosto a outubro com pico em setembro, também contribui para os incêndios. No entanto, meteorologistas observam que a estiagem começou antes do previsto, em julho, devido ao fenômeno El Niño e ao aquecimento contínuo do Atlântico.
O Cemaden informa que mais de mil cidades enfrentam estiagem severa ou moderada, e mais de 60% dos municípios da Amazônia estão nessa situação.
Esse cenário torna a região mais vulnerável a incêndios, antecipando o período crítico de queimadas e gerando preocupações sobre a duração do período de fogo.