Uma farmacêutica de 38 anos, sem formação médica adequada, foi presa por realizar transplantes capilares em uma clínica que não contava com profissionais médicos habilitados. Os procedimentos eram realizados por duas auxiliares de enfermagem, o que configura exercício ilegal da profissão.
A clínica possuía três pavimentos e realizava dezenas de procedimentos cirúrgicos por mês, incluindo transplantes de unidades foliculares (FUE), técnica que envolve a extração e transplante de folículos capilares individualmente.
As investigações começaram após denúncias da Sociedade Brasileira de Dermatologia sobre a prática ilegal na clínica. A polícia agiu em flagrante durante um procedimento de transplante capilar, interrompendo a operação e acionando a Vigilância Sanitária e assistência médica para finalizar o procedimento do paciente.
Durante a operação, aproximadamente R$ 17 mil em dinheiro, documentos e medicamentos de uso restrito foram apreendidos pela polícia. A clínica foi interditada pela Vigilância Sanitária.
A segunda fase das investigações envolve o depoimento de pacientes para determinar se eles estavam cientes da ilegalidade dos procedimentos realizados na clínica. A polícia também investigará a origem dos medicamentos utilizados, já que não foram apresentados receituários e notas fiscais.